Suíno Vivo: Cotações encerram estáveis nesta 4ª feira, após baixas no início da semana
Nesta quarta-feira (13), as cotações para o suíno vivo fecharam o dia com estabilidade. Apesar disto, o cenário é negativo aos suinocultores, visto que apenas nesta semana quatro praças de comercialização registraram queda de preços. Há algumas semanas, o mercado vem trabalhando com baixa nas cotações, devido a demanda enfraquecida no cenário doméstico.
Em São Paulo, a referência cedeu para entre R$ 64 a R$ 66/@ nesta semana. A APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) aponta que grande parte dos negócios está ocorrendo em R$ 64/@, embora haja vendas sendo realizadas em R$ 67/@ em algumas regiões do estado.
“Observamos uma melhora na procura por animais vivos, inclusive, não percebemos nenhum adiamento de carga, que vinha ocorrendo nas últimas semanas. Por parte dos frigoríficos os relatos são de boas vendas e com sinais de consistência”, explica em nota o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.
Os preços também cederam no Paraná, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul nesta semana. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, explica que a situação é preocupante, em que há três semanas as cotações estão cedendo no estado. A atual referência é de R$ 3,43 pelo quilo do vivo.
Com custos de produção altos, muitos produtores continuam abatendo os animais antes do peso ideal. “Mercado ainda está sem força pra reagir, embora tivesse tido um esboço no final de maio e nas últimas três semanas começaram a cair”, lamenta Folador.
» Acompanhe a entrevista na íntegra com o presidente da ACSURS
Por outro lado, nas próximas semanas pode começar a ter uma redução na oferta de animais, dando força para novas altas nas cotações. Além disto, as exportações positivas podem reduzir ainda mais o oferta e trazer fôlego ao mercado.
Dados parciais de embarques de carne suína in natura do mês de julho estão positivos, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em 6 dias úteis, as exportações chegaram a 21,4 mil toneladas, com média diária de 3,6 mil toneladas.
Os atuais dados representam alta de 47% em comparação com volume por dia registrado em junho e crescimento de 49,3% em relação ao mesmo período de 2015. Em receita, os dados apontam para US$ 43,4 milhões, em que o valor por tonelada está em US$ 2.029,9.