Frango Vivo: Apesar de tendência de alta, mercado segue registrando preços firmes nesta 5ª feira
As cotações para o frango vivo seguem estáveis nas principais praças de comercialização nesta quinta-feira (02). Em Minas Gerais as negociações estão em torno de R$ 2,50/kg, assim como em São Paulo. O mercado vive um momento de estabilidade de preços há vários dias, mesmo com os altos custos de produção enfrentados pelos produtores rurais.
A Scot Consultoria aponta que os preços na praça paulista estão acomodados há mais de 20 dias, enquanto que no atacado houve alta nas cotações na última semana. Com a chegada da primeira quinzena do mês, compradores estão se abastecendo para o período em que historicamente a demanda é maior.
“Na comparação anual, os preços na granja e no atacado estão 16,3% e 8,6% maiores, respectivamente. No entanto, com o milho custando mais que o dobro na comparação anual, as margens do avicultor continuam estreitas”, aponta nota da consultoria.
O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, também aponta que tendência para os próximos dias é de recuperação nas cotações. “Vale salientar que esta alta é bastante necessária para o setor, considerando o elevado custo de produção ao longo do primeiro semestre. Esta situação é um desdobramento da exacerbada alta dos preços do farelo de soja e também do milho”, afirmou o analista.
Exportações
Os embarques de maio registraram nova alta mensal em maio, em comparação com o mesmo período do ano passado. Conforme dados apontados pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), foram exportados 393,8 mil toneladas no mês, incluindo números gerais (considerando produtos in natura, embutidos, salgados e industrializados). O volume é maior em 19,6% em relação ao ano passado.
“Novamente a China se mostrou um dos grandes destaques do ano, com volumes de exportação superiores a 50 mil toneladas no mês. Outros mercados como a Arábia Saudita, Hong Kong, Rússia, Emirados Árabes Unidos e México apresentaram forte elevação, o que justifica a expressiva alta mensal”, analisa Ricardo Santin, vice-presidente de aves da ABPA.