Poder de compra do produtor de frango continua em queda
O simples fato de o frango vir obtendo, há exatas três semanas, aquela que é, em valor nominal, a máxima remuneração já alcançada pela ave viva, tem levado à conclusão de que aumentou o poder de compra do produtor em relação aos dois principais insumos do setor, o milho e o farelo de soja.
Nada mais falso, porém, pois – comparativamente à situação observada dois anos atrás (outubro de 2013), um ano atrás (outubro de 2014) ou, ainda, um mês atrás (setembro de 2015) - o poder de compra atual (considerados os valores médios dos primeiros 23 dias de outubro) atinge agora seu menor nível.
Assim, considerado um mix em que entram três quilos de milho e um quilo de farelo de soja (proporção aproximada de uma ração para frangos), constata-se que a capacidade de compra de outubro é 3%, 19% e (cerca de) 15% menor que a de, respectivamente, setembro de 2015, outubro de 2014 e outubro de 2013. Porque, simplesmente (tabela abaixo), a remuneração obtida pelo frango vivo teve evolução muito aquém da registrada pelo milho e pelo farelo de soja.
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