Suíno Vivo: Semana encerra positiva no Paraná e Santa Catarina apresenta recuo de preços após semanas de estabilidade
Nesta sexta-feira (07), os preços para o suíno vivo encerraram negativos em Santa Catarina. A praça que vinha apresentando cotações estáveis há semanas, com a referência de R$ 3,20 pelo quilo, apresentou um decréscimo de 3,13%. Com isso, o quilo do vivo é negociado a R$ 3,10. Para o presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, não havia fundamentos para aumento de preços nesta semana.
Apesar da queda registrada na praça catarinense, em algumas regiões os preços começaram a reagir, como no Paraná. A bolsa de suínos trouxe um aumento de R$ 0,09, que representa um acréscimo de 2,90%, segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Bitencourt Lopes. Com isso, a referência ficou em R$ 3,19 pelo quilo do vivo. Veja no gráfico:
Segundo levantamento realizado pelo Cepea, o bom desempenho nas exportações enxugou o estoque e trouxe a possibilidade de aumento de preços para o mercado interno. Além disso, o período de início do mês - quando há maior procura devido ao recebimento dos salários - a comercialização pode melhorar com o feriado de Dia dos Pais.
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Apesar de boas expectativas, o mercado de suíno tem trabalho com preços estáveis em grande parte das regiões. Segundo a Scot Consultoria, os preços cederam 1,5% em São Paulo, em comparação com o mesmo período de 2014. Com isso, o poder de compra dos suinocultores diminuiu, em que um quilo de suíno compra 7,85 quilos de milho, um decréscimo de 0,3% em relação ao mês passado.
Exportações
Nesta semana, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os números de exportação para o mês de julho, que atingiram o maior volume dos últimos cinco anos. Para a carne suína in natura, o acumulado registra 54,9 mil toneladas, com média diária de 2,4 mil toneladas.
Em receita, as exportações somaram US$ 149,3 milhões, superior em 23,4% ao mês passado e 18,3% em comparação com julho de 2014. Já o preço por tonelada teve queda em relação aos dados anteriores, fechando o mês valendo US$ 2.719,80.
Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o bom desempenho se deve ao aumento das exportações para a Rússia e a expectativa é de crescimento para o segundo semestre, por ser o período de compras para o final do ano. O câmbio também foi um fator que influenciou o bom desempenho. Além disso, o volume de exportações enxugou os estoques domésticos, que estavam com excesso de oferta devido a demanda enfraquecida registrada no mercado interno.
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