Suíno Vivo: Com demanda enfraquecida no mercado doméstico, semana encerra negativa no RS
Nesta sexta-feira (31), os preços para o suíno vivo encerraram estáveis em boa parte das praças de comercialização. No início da semana, muitas bolsas de suínos optaram pela manutenção de preços, apesar da demanda enfraquecida que tem trazido perspectivas negativas para o cenário doméstico.
Segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, apenas o Rio Grande do Sul apresentou queda de preços, de 1,59%, valor que representa baixa de R$ 0,05 nas cotações. A Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) divulgou sua pesquisa semanal, que apontava para R$ 3,09 o quilo do vivo aos produtores independentes. Já o valor médio pago aos cooperados ficou em R$ 2,85/kg, segundo a pesquisa.
Já no estado paulista, a Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo a arroba suína permaneceu nos patamares da semana anterior, R$ 65 e R$ 66/@ - equivalente a R$ 3,47 e R$ 3,52/kg. No Paraná, praça que havia encerrado com preços negativos na última semana, manteve a referência a R$ R$ 3,10 pelo quilo do vivo. Minas Gerais e Goiás seguem como as regiões como maior valor praticado, dentre as praças de comercialização. Há semanas, o quilo do vivo é comercializado a R$ 3,70.
Segundo informações do Cepea, as cotações estão pressionadas pela demanda enfraquecida no mercado doméstico, embora as exportações tenham contribuído para o escoamento da produção. O presidente da Acsurs, Valdecir Folador, explica que apesar dos bons números nos embarques, ainda não refletem nos preços aos produtores. Na praça gaúcha, as cotações chegaram recuaram 10% no acumulado do ano, um reflexo da situação econômica do país.
Exportações
Na segunda-feira (27), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os números de embarques de carne suína in natura, referente até a quarta semana de julho, num total de 18 dias úteis. Em volume, o acumulado indica 41,2 mil toneladas, com média diária de 2,3 mil toneladas.
O volume embarcado até a quarta semana já supera os números de junho, que já foram positivos Os números são 18,4% superiores ao mês anterior e 52,7% em relação a julho de 2014. Caso o ritmo permaneça, as exportações devem atingir 52,7 mil toneladas para o mês.
Em receita, os embarques somam US$ 111,2 milhões, com média de US$ 6,2 milhões. Os dados são superiores em 17,4 % que o mês passado, e 12,5 % a julho de 2014. Já o preço por tonelada chegou a US$ 1.656,4, apresentando recuo, tanto em comparação com junho de 2015 - com recuo de 3% - quanto com julho do ano anterior – queda de 16,3%.