Exportação de carne de frango dos EUA está em risco com gripe aviária
CHICAGO (Reuters) - O México, o maior comprador de carne de frango dos Estados Unidos, e outros países importantes colocaram novas restrições às importação do produto norte-americano nesta quinta-feira, após uma forma virulenta da gripe aviária ter sido encontrada no coração da região avícola do país.
A descoberta do vírus em Arkansas deve resultar em movimentos semelhantes por até mais 40 países, e as restrições poderão deprimir os preços e prejudicar os produtores de aves dos EUA, disseram economistas.
Produtores de carne de aves dos EUA, como a Pilgrim's Pride, da JBS, e Sanderson Farms, minimizaram os riscos para as operações, mas o caso Arkansas afetou as ações das companhias.
"Vamos ver alguns mercados fechando suas importações, sobretudo para este Estado, mas não todo o país", disse o presidente-executivo da JBS, Wesley Batista, em teleconferência sobre os resultados da empresa nesta quinta-feira.
Temendo a propagação do vírus, México, Canadá e o Parlamento Europeu, juntamente com outros importadores, anunciaram restrições ao produto de Arkansas. Missouri, Minnesota, Califórnia, Estado de Washington e Oregon já enfrentam proibições ou restrições.
Depois de casos recentes em vários Estados, os EUA confirmaram a infecção do vírus altamente patogênico da gripe aviária H5N2 em perus no Arkansas, a sede da Tyson Foods, maior empresa de frango do mundo.
Enquanto o H5N2 não representa uma ameaça para os seres humanos, de acordo com o USDA, é mortal para as aves.
(Por Tom Polansek e P.J. Huffstutter; com reportagem adicional de Gustavo Bonato, em São Paulo)