Comitiva gaúcha busca solução para crise do leite
O Instituto Gaúcho do Leite (IGL) coordena, hoje, uma força-tarefa que irá a Brasília reivindicar apoio à cadeia do leite do Rio Grande do Sul. Além da crise do segmento, que, calcula-se, já tirou 6 mil produtores da atividade no Estado e fez reduzir o consumo em 12% desde que foi deflagrada a Operação Leite Compensado, há o efeito da sazonalidade do verão sobre o consumo. Esta é a primeira grande articulação política do IGL fora do Estado.
Pela manhã, o grupo, que é formado por representantes das secretarias da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), deputados federais e estaduais, Famurs, prefeitos, lideranças de cooperativas e produtores, vão reunir-se com interlocutores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento Social. A proposta é que, com recursos dessas duas pastas, sejam adquiridos de indústrias e cooperativas gaúchas 4 mil toneladas de leite em pó para uso em programas sociais. De acordo com o presidente do IGL, Gilberto Piccinini, o objetivo é retirar leite em pó estocado do Rio Grande do Sul para que as maiores empresas do segmento voltem a comprar matéria-prima. “Hoje, elas estão adquirindo, mas em bem menor volume.” Segundo Piccinini, a redução na demanda de leite afeta cooperativas de produtores da região Noroeste do Estado, que vendem leite no mercado spot para os grandes processadores. Na avaliação do presidente do IGL, há boas perspectivas políticas para que o acordo saia do papel.
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