Produção brasileira de leite cresce 5% ao ano

Publicado em 08/10/2012 15:51
A produção brasileira de leite cresce numa média de 5% ao ano, saindo da marca dos 14,5 bilhões de litros produzidos em 1990 para 30,5 bilhões em 2010. Com este aumento, o Brasil alcançou a autossuficiência em produtos láticos, abastecendo a população e exportando uma pequena quantidade (em torno de 3% ao ano). 

A maior produção de leite brasileira ocorre na Região Sudeste, respondendo por 37% da produção nacional, seguida pela Região Sul com 30%. A Região Sul, embora atualmente em segundo lugar no ranking, poderá se tornar a maior produtora de leite do País, em breve, pois sua produção cresce, em média, 8,5% ao ano, contra apenas 2,6% anual na Região Sudeste, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O consultor da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF/MDA), Fábio Teles, especialista no assunto, lembra que o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do País, com mais de 3,3 bilhões de litros anuais, equivalentes a 12% da produção nacional, ficando atrás somente de Minas Gerais. 

“A produção diária atual, de dez milhões de litros de leite, está muito aquém da capacidade do parque industrial do estado, que é de 16 milhões de litros/dia e pode chegar a 18 milhões até o fim de 2012. Ou seja, há um espaço muito grande para produzir leite com qualidade e vender para outros estados e até exportar, o que já é feito por algumas cooperativas”, observa Fábio Teles. 

Exportações 

Segundo ele, motivos não faltam para estimular o crescimento das exportações. “O Brasil apresenta características favoráveis para isso. Primeiro, por possuir a maior área agricultável do mundo e cerca de 330 milhões de hectares de pastagens e áreas não utilizadas. Em segundo lugar, por possuir o maior reservatório de água doce do mundo, topografia e condições de solo e clima variados, além de excelente luminosidade e predomínio da produção de leite a pasto”, enumera o consultor. “E, ainda, 82% dos estabelecimentos produtores utilizam mão de obra familiar, o que barateia o custo de produção”, define. 

Fábio Teles destaca, ainda, outras vantagens brasileiras, como o cardápio variado de tecnologias produzidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a rede diversificada de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) pública e privada, que recebem recursos do MDA para prestar assistência a quem produz. “No caso da assistência técnica, o governo federal vem priorizando a Ater de Gestão para ensinar os produtores a cuidarem bem de seus fatores de produção e de seu dinheiro. Ou seja, para produzir bem e viver melhor no campo, ao mesmo tempo com mesa farta na cidade.” 

Na avaliação do consultor, o Programa Leite Gaúcho, é sem dúvida, um dos mais importantes criados no setor leiteiro nacional. “Para atender as 13 mil famílias de assentados no estado, o governo do Rio Grande do Sul pretende ampliar a infraestrutura da bacia leiteira gaúcha, umas das poucas regiões do País com vocação total para o leite, com o apoio de recursos do BNDES”, informa Fábio Teles.
Fonte: Min. do Desenvolvimento Agrário

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Newcastle: ABPA acredita em rápido reestabelecimento das exportações de carne de frango após informe sobre erradicação de foco
Frango vivo no Paraná sobe 2,26% nesta sexta-feira (26)
Estabilidade domina o mercado de suínos nesta sexta-feira (26)
Mapa notifica à OMSA fim do foco da doença de Newcastle
JBS abrirá fábrica na Arábia Saudita em novembro, quadruplicando capacidade no país
MAPA comunica autoridade internacional sobre erradicação de foco da Doença de Newcastle em Anta Gorda (RS)