Feijão: Cotações recordes no primeiro semestre são agora substituídos pelos piores preços
É consenso que os preços praticados neste momento para o Feijão-carioca são lastimáveis. Vai ano e vem ano e a bipolaridade do mercado vai se agravando. Preços recordes no primeiro semestre são agora substituídos pelos piores preços desde 2020 ao produtor.
É por este motivo que o Fórum do Feijão, que ocorrerá na próxima semana em Brasília, precisa da sua presença. O raciocínio é simples: o novo governo foi pressionado pela inflação dos preços dos Feijões no primeiro semestre, e todos nós seremos afetados pelas decisões que estão sendo tomadas lá. O setor Feijoeiro será fortemente impactado pelas decisões e políticas a serem implementadas para enfrentar os constantes contratempos e pressões, ora do produtor, ora do consumidor.
Precisamos mais do que nunca construir, juntos com os gestores públicos, uma política de abastecimento que seja capaz de trazer menor volatilidade nos preços para produtores e consumidores. Sabemos o que significa Feijão a R$ 180/190 para o produtor. De outro lado, os consumidores estão migrando aos milhões definitivamente para outras opções de alimentos mais baratos e prejudiciais à saúde. Não há mais tempo a perder. Há grande sensibilidade ao tema e grande receptividade do Ministério da Agricultura, MAPA do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, MDS e Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, MDA.
Portanto, vamos propor um Movimento Pró-Feijão. Identificamos as verticais mais importantes para o setor. Elas contemplam tudo que o setor produtivo precisa para manter o país abastecido com os Feijões e catapultar o setor no mercado mundial, a exemplo de soja, milho, café, carnes e tantos outros como um dos maiores exportadores do mundo, com o mercado interno bem abastecido. Em 17 anos, o IBRAFE participou da confecção de agendas estratégicas, planos nacionais de apoio ao setor e acumulou percepções úteis para vencermos este desafio.