Fique de olho: tem boas notícias vindas do varejo; análise, por Ibrafe
É tanta notícia que chega diariamente, sendo que 90% delas são apavorantes. Manchete que chama atenção são as ruins. Durante o primeiro semestre deste ano, vimos com frequência as informações catastróficas que a inflação esmagaria o brasileiro. Os juros básicos subindo para frear a inflação via diminuição do consumo. Mas aqui e ali, sem maiores manchetes, surgem as notícias que, para o setor de supermercados, as coisas não foram e não estão tão ruins assim. Muitos dos que diziam que o brasileiro estava deixando de poder pagar por alimentos no varejo agora dão conta de que, na verdade, o brasileiro deu a volta no problema. De um lado, supermercados com marcas próprias eliminam parte importante da margem da indústria e promovem diversos itens, até mesmo o Feijão com “marca própria”, e, de outro lado, o consumidor que ajustou seu orçamento, em alguns casos ficou inadimplente em outros setores, mas manteve o consumo do mais importante, dos alimentos essenciais, cortando os mais caros e aqueles itens não essenciais. Vá até o Google e digite “supermercado contrata”. Ontem à noite fiz isso e só na primeira página havia cerca de 1.000 vagas noticiadas nas últimas 24 horas. Se eles contratam é porque o restante da economia está andando aceleradamente. Portanto o raciocínio na sequência é que, para nós dos alimentos básicos, o consumo já começou a aumentar, refletindo os diversos fatores positivos da economia.