Feijão, por Ibrafe: A hora do especulador é agora

Publicado em 27/01/2022 09:50

Mercado muito calmo, com produtores muito contrariados. Um produtor mineiro, tradicional e experiente, sempre um entusiasta do setor, comentou o seguinte ontem em nosso grupo de WhatsApp: “Estou chegando à conclusão que temos que abandonar a cultura do Feijão. Com redução de área, perdas históricas por seca, perdas com excesso de chuvas, aumento substancial dos custos de produção, os preços do Feijão não reagem. O melhor é largar esta atividade, até porque temos outras opções de menor risco e com maior liquidez.”  Como se não bastasse o momento tenso, os valores divulgados lá no Brás, em São Paulo, que especuladores usam como referência, apontou um mercado frio ontem pela manhã, com sobras, segundo o que relataram. Com esta informação em mãos, que não tem como ser checada, pois não há comprovação do que lá estava para ser comercializado, especuladores começaram a usar este argumento para forçar a baixa dos valores e com a afirmação de que nas gôndolas não gira. E é verdade, está realmente parado nas gôndolas. Então, claro, a ponta está parada, mas vai andar, por isso tem gente querendo comprar agora, antes que o mercado se movimente. No entanto, derrubar os preços para subir na outra semana é o que de pior pode acontecer. Todo mundo perde, exceto o atravessador.  Sabe-se que o varejo usa as cotações de uns poucos negócios para justificar uma pressão absurda sobre os empacotadores. As negociações que acompanhamos durante o dia, no PNF - Preço Nacional do Feijão - mostraram que há negócios para Feijões danificados acontecendo.

Fonte: Ibrafe

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Brasil prevê apoiar produção de 1 mi t de arroz com contratos de opções, diz ministro
Preocupação com gripe aviária leva EUA a conceder US$ 176 milhões à Moderna para desenvolvimento de vacina
Fávaro diz em entrevista que leilão para importar arroz não é mais necessário
Comissão ouve ministro Paulo Pimenta sobre importação de arroz
Cerealistas defendem manutenção da isonomia tributária