Ibrafe: Infelizmente os meteorologistas estavam certos e lá se foi o Feijão

Publicado em 25/01/2021 08:52

Sim, o verão está atípico em boa parte do Sul do Brasil. Porém, isso está dentro da previsão dos meteorologistas e a dúvida era se eles acertariam. O risco com o clima faz parte da agricultura, por isso há lavouras plantadas. A certeza nunca é absoluta, nem de estiagem, nem de excesso de chuvas, por isso o produtor investe e arrisca.

As poucas colheitas que ocorreram no Paraná durante o final de semana resultaram em Feijões, seja preto ou carioca, com alto índice de brotado. Se tem soja sentindo o excesso de chuvas, imagine o Feijão. Tem produtor que já esta abandonando a lavoura. “Não há o que fazer”, comentava sábado um produtor da região dos Campos Gerais, “se colher e secar, acho que nem para ração vai dar”. As chuvas já estão causando enchentes que extravasam para as lavouras, nos valos.

Para atender os compradores são poucos os produtores que têm produto nas mãos e, assim como na semana passada, o volume de negócios tende a ficar abaixo do normal. É bom ter em conta que o que leva os produtores a não vender não é ambição desmedida, mas porque as notícias que chegam de todos os lados das áreas de produção não são boas.

Ainda assim, até a última sexta-feira, os negócios reportados foram poucos e apresentaram, em Minas Gerais, uma leve correção nos preços de cerca de 4% para Feijão-carioca nota 8. Já o nota 9 voltou a ser negociado, os raros lotes dessa cor, por R$ 280, em Minas Gerais também. Já para os Feijões-pretos, está cada dia mais complicados de se achar lotes à venda. Por R$ 300 são poucos os produtores ou cerealistas que aceitam vender.

Fonte: Ibrafe

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Brasil prevê apoiar produção de 1 mi t de arroz com contratos de opções, diz ministro
Preocupação com gripe aviária leva EUA a conceder US$ 176 milhões à Moderna para desenvolvimento de vacina
Fávaro diz em entrevista que leilão para importar arroz não é mais necessário
Comissão ouve ministro Paulo Pimenta sobre importação de arroz
Cerealistas defendem manutenção da isonomia tributária