Pesquisas realizadas pela Empaer disponibilizam feijões de boa qualidade aos agricultores e consumidores Mato grossenses
Há mais de 30 anos a Empaer vem desenvolvendo pesquisas com a cultura do feijoeiro-comum, com seus diversos grupos de feijões comerciais em sintonia com a Embrapa Arroz e Feijão, disponibilizando cultivares aos agricultores com melhor performance de planta não só em produtividade como também em resistência às doenças, e sobretudo atendendo as exigências de consumidores e empresas empacotadoras. A maioria das cultivares que foram e ainda continuam em uso no Estado passaram pelas avaliações de pesquisadores e agentes técnicos da Empaer, a exemplo das cultivares Pérola, BRS Estilo, BRS MG Madrepérola, BRS Campeiro, BRS Esplendor, Jalo Precoce, BRS Radiante, BRS Embaixador, entre outras
O melhoramento genético do feijoeiro-comum pela Embrapa vem dando ênfase na produção de plantas com arquitetura semi - ereta e ereta, o que facilita a colheita mecanizada do feijão, podendo citar a BRS FC406 e BRS FC409, sendo esta última biofortificada com altos teores de ferro, zinco e proteína, ambas com rendimento de peneira 12 acima de 85%, recomendadas recentemente para Mato Grosso.
A disponibilidade de cultivares com resistência/tolerância às doenças de solo também tem sido ofertada como a BRS FP 403, BRS FC 402 e BRS FC409.
A cultivar BRS FC104 é uma opção para semeadura tardia de feijão, por possuir um ciclo vegetativo curto, em torno de 65 dias, podendo também optar por cultivares semi precoces como a já citada BRS MG Madrepérola e a BRS FC 310 com qualidade similar a BRS Estilo que deverá ser lançada em 2021.
No Mato Grosso dá-se grande importância aos feijões com escurecimento lento de grãos tipo carioca citando as cultivares BRS MG Madrepérola, BRS FC415(em fase de registro). As cultivares BRS Estilo e a BRS FC 310 tem escurecimento médio de grãos.
A preferência de consumo do feijão brasileiro é para o grupo comercial carioca, havendo preferências em menor escala regionalmente para o feijão preto. Quantos aos feijões especiais, assim denominados por serem feijões graúdos, tipo exportação (BRS Executivo; BRS Ártico; BRS Embaixador; BRS Radiante; BRS MG Realce), poucos produzidos no Brasil, poderão ser alternativas para agricultura familiar, no aumento da renda familiar, com ofertas de feijões diferenciados a preços superiores aos feijões carioca, em feiras livres ou casados com consumidores interessados neste tipo de feijão. O cultivo destes tipos de feijões abre brecha para exportação do produto uma vez que os feijões de grãos pequenos não tem aceitação no comércio exterior, com diversificação no consumo de outros tipos de grãos de feijão, equilibrando a disponibilidade do feijão carioca quanto aos preços maiores ou menores diante de menores e maiores ofertas deste produto.
Vale lembrar que a Empaer também avalia direta ou indiretamente linhagens de outras instituições de pesquisas (IAC- Instituto Agronômico de Campinas, IDR – Paraná – Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, TAA - Agropecuária Terra Alta S/S Ltda e Agro Norte Pesquisa e Sementes Ltda). Dessas instituições podem ser citadas as cultivares TAA Dama, IAC Polaco, IAC Veloz, com perspectivas de aceitação das cultivares mais recentes IAC 2051 e TAA Marhe.
Os trabalhos de disponibilidade de novas cultivares de feijoeiro-comum para os agricultores não param por aqui. Há necessidade da realização de atividades de validação dessas novas cultivares, com ajustes técnicos mediante à transferência de tecnologia, trabalho este se estendendo também aos parceiros(consultores técnicos, universidades e outras instituições ligadas ao setor produtivo do feijão no Mato Grosso), com o fim de atender aos agricultores e empacotadoras, e sobretudo ao consumidor . Com isto, a Empaer-MT utilizando-se de sua integração pesquisa e a ater- assistência técnica e extensão rural promove o desenvolvimento do cultivo do feijoeiro-comum mato grossense.