Ibrafe: Mercado firme e PNF se consolida como o índice do Feijão do Brasil
Se a oferta já é pequena, a colheita que se inicia no estado de São Paulo foi atrapalhada por dois dias durante o final da semana passada. Mesmo no feriado, os compradores estavam buscando ofertas. A referência em São Paulo, nas lavouras, está ao redor de R$ 270 e, detalhe importante, tudo que se colhe se vende na hora, não dá tempo de levar nem para o armazém. Vamos acompanhar, como todos os dias, de perto os negócios e levaremos para você saber. O PNF – Preço Nacional do Feijão – está completando 5 anos.
Podemos dizer que alcançamos o nosso objetivo colocando para o mercado uma referência transparente e honesta do que acontece nas fontes de onde são colhidos os Feijões. Diariamente são milhares de produtores, corretores e empacotadores que se beneficiam por saber o que foi vendido e onde, tudo on-line. No último mês de outubro, os produtores relataram vendas de 315.907 sacas, enquanto os relatórios do Brás relataram 62.000 sacos. Tomando desde o início desse ano, os produtores e compradores, sejam empacotadores ou corretores, relataram a venda de 3.324.660 sacas. No PNF do IBRAFE sabemos quem foi que vendeu, quando plantou, que variedade, quando colheu e como foi a produtividade, se for preciso.
O acordo que temos é que, se for solicitado, o produtor ou o comprador que relata a venda pode ser chamado a comprovar a negociação. No início houve necessidade de, em algumas situações, solicitar cópia da nota fiscal. Por isso que as vendas no Brás, em São Paulo, podem, no máximo, ser de interesse de quem leva Feijão até lá e para os poucos que lá compram, ou seja, é um problema de quem está diretamente envolvido, mas definitivamente não é para empacotadores e produtores que não se envolvem com aquele mercado e ficam longe daqueles esquemas.
Dias atrás, um empacotador afirmou, em um grupo de WhatsApp, que defender aquela referência é como quem ainda usa toca-discos. O tempo dele já passou, mas, se você gosta de toca-discos, escute música com ele, só não obrigue outros a aceitarem a sua escolha. Estamos na era da música on-line, on demand e por streaming.