Como vamos reagir às acusações?
No dia a dia, sabendo da real situação do mercado, vamos antecipando o mercado de amanhã. Isso faz parte do jogo em todos os mercados. O cuidado que em mídias sociais precisamos ter é que há situações distintas. Assim como os compradores não conseguem combinar para não comprar, justamente porque cada um tem o seu negócio, os seus custos e as suas necessidades, nem por isso os maiores empacotadores estão praticamente todos os dias comprando. Olhando o patamar que chegou até R$ 300 e, como normalmente acontece, recuou logo após alguns negócios, neste nível não há como avaliar a necessidade de cada produtor que vendeu a R$ 260, 270, 280, por exemplo. O “negócio” do produtor não é somente produzir e vender Feijão. Há todo um sistema que às vezes exige caixa na hora, portanto vendeu por ter um bom negócio na sequência. Não fez sentido para ele esperar por novas valorizações, ainda que elas possam ser possíveis. E aí, afinal, é importante que o mercado não fique sem Feijão. É ótimo, é necessário que sigam as vendas para que o mercado demore o máximo possível para sentir a dificuldade de abastecimento que está acontecendo. O setor arrozeiro já está vivendo a tempestade de enfrentar Procon, supermercados, imprensa e, agora, de certa forma, o governo. A CONAB aponta no papel que há arroz, mas todos sabem que não há. O mesmo acontece com o Feijão, não é possível que haja o estoque que a CONAB defende que há e que os preços estejam aí acima de R$ 250. Como vamos responder à pressão que vem pela frente? Não acredito que discutir que o Feijão estava barato e ninguém se comoveu e que agora paguem ou não comam seja a resposta. Para falar a verdade e acalmar, a resposta precisa ser mostrar o produtor trabalhando. Máquinas, caminhões, suor e o produtor fazendo tudo o que pode para plantar a próxima safra. Postem fotos e vídeos da “lida” e fotos de armazéns vazios com #feijao.