Experimento desenvolvido pela Emater e Embrapa testa novas cultivares de feijão para disponibilizar sementes mais produtivas aos

Publicado em 11/08/2020 14:32

Sete genótipos diferentes de feijão, tipo carioca e preto, estão sendo avaliados em experimento realizado pelo Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o intuito de validar materiais que sejam mais produtivos aos agricultores do Estado. As cultivares já foram plantadas em quatro Estações Experimentais da Emater, em Anápolis, Araçu, Porangatu e Rio Verde.

A ação, que integra o Programa de Produção de Sementes e Mudas, foi dividida em diversas fases, entre as quais foi feito o plantio das sementes em épocas distintas para analisar seu desempenho em cada cenário. As lavouras foram cultivadas no período chuvoso, quando geralmente é feita a primeira safra, e no período de entressafra, em condições climáticas mais precárias. Além disso, foi adotado sistema de irrigação, a fim de examinar o desempenho das plantas submetidas a essa técnica.

De acordo com o coordenador do projeto, o engenheiro agrônomo Marco Acevedo Barona, em Araçu, as cultivares já estão em fase de reprodução. “Estamos avaliando características como porcentagem de germinação, florescimento, ataque de doenças e pragas e ciclo de cultura. Vamos registrar a produtividade por parcela, e dentro de cada parcela o número de vagens, o número de grãos por vagem e a massa por cem sementes”, explicou. Ainda segundo ele, esses resultados permitem que os pesquisadores possam recomendar o material adequado conforme a região e fatores climáticos. 

A forma de manejo empregada foi similar aos cuidados habitualmente utilizados entre os pequenos produtores rurais, com baixo uso de insumos. Assim, é possível estabelecer uma maior proximidade à realidade dos agricultores de pequeno e médio porte, para que a pesquisa atenda as demandas específicas desse público. A metodologia utilizada é a validação participativa, ou seja, agricultores, extensionistas e pesquisadores trabalharão em conjunto para verificar a adaptabilidade e estabilidade das cultivares.

Dentro do esquema, os ativos experimentais foram comparados com as testemunhas comerciais. O pesquisador convidado pela Emater esclarece que o primeiro corresponde às linhagens em fase de experimentação, aquelas cujas características estão sendo testadas, e as testemunhas comerciais são os genótipos já utilizados pelos agricultores. “São três ativos de feijão carioca e preto e quatro testemunhas, também dessas variedades, mais utilizadas pelos produtores de todo o Brasil. O que se espera dos ativos é que sejam superiores em produtividade e que se comportem de forma semelhante em diferentes épocas do ano”, detalhou Barona.

A próxima etapa, caso os resultados esperados sejam obtidos, é iniciar o processo de multiplicação de sementes e disponibilizá-las aos agricultores. Ainda de acordo com o coordenador do experimento, um trabalho como esse é fundamental para que pequenos produtores tenham acesso a novas tecnologias, ao oferecer sementes de alta qualidade e potencial produtivo. Por isso, o Programa de Produção de Sementes e Mudas executa pesquisas também com com arroz irrigado, de terras altas, milho, mandioca de mesa e indústria, batata-doce biofortificada, cana-de-açúcar, feijão especial e outras culturas.

Fonte: Emater GO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibrafe: semana foi marcada por poucos negócios no mercado do feijão
Semeadura do feijão está concluída na maior parte do Rio Grande do Sul
Produção de gergelim cresce 107% na safra de 2023/24 no Brasil
Ibrafe: Acordo do Gergelim abre caminho para o Feijão com a China
Arroz/Cepea: Preços são os menores em seis meses
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso
undefined