Feijão-carioca começa o ano com preços em queda, informa Bolsa Brasileira de Mercadorias

Publicado em 06/01/2020 10:00

Depois de ajudar a impulsionar a inflação no fim de 2019, o preço do feijão, que compõe o grupo de Alimentos e Bebidas, começa 2020 desabando. Em uma semana, a saca do feijão-carioca passou de R$ 260,00 para R$ 185,00 em Itaí, no interior paulista. A queda diária, segundo o último levantamento informado no site da Bolsa Brasileira de Mercadorias, foi de 28,85% e, no acumulado de 30 dias, chega a 36,21%. Em novembro, na mesma região, o valor da saca passou de R$ 190,00 para R$ 285,00 em um dia. Confira clicando aqui

 

Segundo a Conab – Companhia Nacional de Abastecimento -, o preço do feijão em cores pago aos produtores foi o que mais subiu entre outubro e novembro do ano passado, com alta de 34,64%. Os números são confirmados pelos indicadores de preços.

 

Os recuos também são observados em outras regiões produtoras levantadas pelo indicador BBM. Em Goiás, por exemplo, a saca de 60 kg está o patamar dos R$ 175,00 após queda diária de 30% observada na cidade de Cristalina. No Oeste da Bahia, a queda mensal é de 17,39% e a saca aparece em R$ 190,00.

 

Confira o indicador completo do feijão para todas as praças pesquisadas

 

Em dezembro, o IPCA-15 – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 -, considerado uma prévia da inflação oficial no país, avançou 1,05%, bem acima dos 0,14% observados no mês anterior. Enquanto os preços das carnes subiram 17,71% no último mês de 2019, representando o maior impacto individual sobre o índice em dezembro, o valor do feijão-carioca avançou 20,38% no mesmo período, alavancando o grupo de Alimentos e Bebidas que tem um peso importante no orçamento das famílias brasileiras.

 

O presidente do Ibrafe - Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses -, Marcelo Eduardo Lüders, corretor associado à Bolsa Brasileira pela Correpar, explica as quedas. “O movimento é devido principalmente aos boatos sobre a safra no Paraná e das férias coletivas gerais dos empacotadores”, resume. Lüders acredita que, em pouco tempo, os preços devem recuperar o patamar dos R$ 200 ou até R$ 220,00.  

Fonte: Bolsa Brasileira

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