IBRAFE: Centenas de produtores e de exportadores dizem não à tecnologia
A modernidade manda engolir o sapo sem discutir? Por acaso, só por ter o carimbo de inovação, o setor não precisa ser ouvido? O que leva uma empresa pública, que deve trabalhar pelo agro brasileiro, se voltar contra a mão que a sustenta, ignorando o produtor e o consumidor que paga a conta? A EMBRAPA Arroz e Feijão se indispõe com produtores e consumidores, confundindo sua missão primária, alimentar o povo brasileiro, com o que o povo quer comer. Se os empacotadores dizem taxativamente que não vão empacotar o Feijão-carioca RMD e a Câmara Setorial, o CBFP - Conselho Brasileiro do Feijão e Pulses -, o IBRAFE - Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses -, centenas de produtores e de exportadores dizem não à tecnologia, é porque há algo mais em toda esta história. O tempo dirá quais eram os reais interesses. A cadeia produtiva do arroz enfrenta a mesma situação e não quer, também, arcar com o desgaste de defender e convencer o consumidor. Voltando ao Feijão-carioca: está faltando consumidor ou produção? Se a cultivar fosse realmente boa ainda haveria o ônus de ser GMO. De um momento para o outro, até deputados do agro ficaram temerosos de enfrentar a EMBRAPA. Quem está com a verdade enfrenta seja quem for e não teme cara feia e nem engole sapo.