Feijão: Otimistas e pessimistas fazem seu jogo
Como em todos os campos da vida no mercado do Feijão, há quem veja o copo meio cheio e outros veem meio vazio. Há diferentes formas de ver e sentir o momento do mercado. Pode se olhar pelo viés negativo os preços caíram dos R$ 350 ou até do R$ 400 que raspou, para algo ao redor de R$ 250. Isso é ruim mas ha centenas de produtores que estão tratando de aproveitar este nível historicamente alto ainda. No balanço geral ganhou muito quem foi fazendo a média. A lição que fica é que em períodos de escassez a especulação cresce o bom senso diminui enquanto boa parte da população suporta, sem maiores problemas, até R$ 10 por quilo.
Por outro lado, aumenta a venda de outros Feijões, principalmente rajados, brancos, pretos e caupis. Outra faceta é a dos especuladores que em uma reação natural pressionam de todas as formas para cima as cotações após estarem com sua posição “comprada”. Fazem isso hoje em dia em grupos de WhatsApp. Quando isso acontece é necessário saber quem ouvir. Sempre se defende aquilo que se acredita e neste defender está incluído ficar excessivamente otimista. O efeito disso em determinado momento é que acredita-se tanto, em alta de preços desenfreada, que é fácil achar que o céu é o limite.
Uma vez que tenham vendido sua posição começam os processos contrários onde apregoam que vai cair e não haverá quem compre tanto produto. Por esta razão, é que temos que juntos construir as informações, seja na baixa seja na alta.
No final da semana passada o Feijão-preto chegou a receber ofertas em Santa Catarina entre R$ 150/160. Ao que tudo indica este Feijão, ainda que tenha sido muito consumido nos últimos 60 dias, estoques e importações atenderam com facilidade a demanda. Já o Feijão-carioca teve como piso mínimo nas fazendas R$ 250,00.