De onde virá o lucro no Feijão?
Publicado em 17/05/2018 15:52
Não é para menos que os produtores estão alarmados. Apesar da quebra da safra paranaense, principal produtor, os preços do Feijão-carioca, ao invés de reagir, caem. Entre as alternativas que se colocam à frente está, sem dúvida, diminuir a produção. Mas como? Quem vai diminuir, se todos acreditam que em algum momento as coisas mudam? Muito bem, vamos à segunda alternativa, diminuir custos. Muito provavelmente, a partir de situações como esta, diversos elos do setor passam a rever seus preços e a diminuir custos que finalmente resultaram em custo final menor de produção. A lógica está que, quando os preços sobem e ganham manchetes como em 2016, todos os envolvidos se sentem mais à vontade para subir os preços dos mais diversos insumos. Dos defensivos ao transporte, das embalagens ao varejo, todos mordem um pedaço a mais. E agora? O processo segue no sentido contrário. Sim, a “crise” impõe cortes para todos. É assim que o mundo evolui, com chavões como: “é na adversidade que há crescimento” ou “o que não me mata, me faz mais forte”. A busca de excelência e alternativas se encontra é neste momento. A eficiência surge pela dor e dos pesquisadores vêm a mensagem positiva, as novas tecnologias poderão nos ajudar a “tirar leite de pedras”. Mas a crise atinge mais fortemente o Feijão-carioca, o beco sem saída do carioca aperta cada vez mais para quem se acomoda. Todos aprenderão que a diversificação de cultivares não é mais opção e, sim, o único caminho. Que o digam os produtores de Feijões coloridos. Bom preço no mercado interno e, se sobrar, há exportação. É vital pensar nisto.
Ontem no sudoeste do Paraná aconteceram negócios entre R$ 90 e R$ 100 com menos compradores do que vendedores.
Venha discutir esse e outros temas no Fórum do Feijão e Pulses, de 06 a 08 de junho, em Curitiba. Faça sua inscrição: https://www.forumdofeijao.com.br/inscricao/
Fonte:
IBRAFE