Feijão: Goiás, o produtor pagará o ICMS

Publicado em 22/03/2018 07:00
Tem intrigado os operadores de Feijão-preto o fato de que os preços estão recuando justamente após finalizada a colheita da primeira safra. Ao que parece, os produtores seguraram esperando mercado com melhores preços depois do Carnaval, e isto não aconteceu. Agora, muitos decidiram, então, vender, uma vez que vêm se desenvolvendo muito bem as lavouras da segunda safra de Feijão-preto no sul do Paraná. Os preços ao produtor ontem já chegavam a R$ 115/120, mas com poucos compradores. 
O Feijão-carioca segue bastante complicado. Em meio a um saldo ainda nas mãos dos produtores em todo o Brasil, quando poderia apresentar alguma reação, vem o mercado do Brás e esfria as iniciativas. “Se vendem depois das 8, do que adianta saber o que não vendeu antes das 8 horas?”, comentava um produtor de Minas Gerais ontem. “Que façam relatório no final da tarde e aí sim que informem a quanto foi vendido o Feijão que estava lá de madrugada”, finalizava desanimado. Mas não só isso. Os desestímulos ao plantio de Feijão-carioca têm vindo de todo lado. O governo de Goiás, até agora, mantém a decisão do cobrar 17% de ICMS no mercado interno do estado e 12% para outros estados. Em tempos de mercado abastecido, quem pagará esta conta não será o consumidor, pelo menos não agora. Para vender, os produtores vão ter que seguir pagando a conta, pois não há como repassar este imposto. Ontem, no final da tarde, havia rumores de vendas efetivadas por R$ 70, na região sul do estado de Goiás. No Paraná, a perdida de quem tem Feijão extra chega aos R$ 100, com poucos negócios.
 
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Fonte: IBRAFE

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