Feijão - Consumo não diminuirá com feijão a R$ 4,50
Qual seria o consumo de Feijão se hoje estivesse sendo vendido R$ 4,50 por quilo? Certamente seria o mesmo, ou seja, pouco mais de 3 milhões de toneladas. Do ponto de vista social, certamente esta afirmação é questionável. Até mesmo do ponto de vista ideológico. Vamos lá: é a lei da oferta e da procura, repetem com ares de sábios até o mais mais apedeuta dos picaretas. Não é tão verdade quanto parece, pois se você tem no varejo alguém com poder de desequilibrar as relações, já não estamos mais tratando de leis de mercado. Raramente quem manda é a oferta, como quando temos estiagens e secas que eliminam parte da produção, portanto produtor poderia receber algo em torno de R$ 2,50/2,80 e o restante da margem seria para beneficiamento, transporte e impostos e as margens da industria e do varejo. Isto daria margem para todos. Daria margem para que se trabalhasse o marketing do Feijão. Ocorre que o varejo aproveita-se da falta de articulação do setor do Feijão para massacrar, mas suas margens ficam garantidas. Alguns produtores veem os empacotadores como os inimigos que esfolam, já os empacotadores veem no produtor alguém que tem outras oportunidades de “fazer dinheiro” e assim salve-se quem puder. Há também a questão de impostos do Feijão que precisam ser eliminados de norte a sul do país. Em momentos como este, em que vemos produtor garimpando e tendo dificuldades para vender por R$ 1,85/2,00, este tipo de assunto precisa ser levantado e debatido. Veja no PNF – Preço Nacional do Feijão, abaixo - que alguns negócios registrados ontem demonstram exatamente isso. E podemos mudar isso? Sim, nós podemos mudar. Aliás, o ser humano pode em conjunto fazer muito. Por isso, um dos objetivos do Fórum do Feijão este ano será reunir empacotadores, corretores e produtores e juntos, do mesmo lado do balcão, encontrarmos uma forma de fazermos valer o sacrifício e o risco que é produzir e colocar nas gôndolas o Feijão dos brasileiros.
Veja AQUI o efeito das Chuvas na região sul do país atrapalham o andamento da colheita do feijão