Preços de arroz e feijão "despencam" e cesta básica termina ano 11% mais barata em Cuiabá
A cesta básica em Cuiabá registrou durante o acumulado de todo o ano passado uma queda de 11,6%, a quarta maior entre 21 capitais do país. A cotação foi puxada para baixo principalmente por causa da baixa de 45,1% no preço feijão. O arroz, que junto com o feijão compõe o prato típico do brasileiro também registrou queda expressiva de 30,8%, a maior baixa do país. Com isso, o grupo de alimentos na capital mato-grossense fechou dezembro custando um valor médio de R$ 376,71.
Os dados foram divulgados na última sexta (5) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Cuiabá só não registrou maior queda que Belém (-13,1), Manaus (-12,05%) e Brasília (-12,03).
Sobre a queda no preço doo feijão, o Dieese pontua que a área plantada do alimento foi maior em 2017, um reflexo da valorização de preço em 2016. “Ao longo de 2017, a qualidade dos grãos do tipo carioquinha esteve comprometida e os melhores feijões foram comercializados a preços ainda altos. Porém, exceto em alguns meses em que a chuva atrapalhou a colheita e a comercialização, a oferta do tipo carioquinha e preto esteve normalizada”, explica o órgão.
A cesta básica também ficou mais acessível no bolso dos cuiabanos por causa das quedas do açúcar (-32,5%) e da banana (-31,9%). Nesse último caso, a baixa demanda nos centros consumidores e estoques em alto explicam a redução, sendo que o açúcar ficou mais barato devido à retração do preço internacional e a oferta de cana suficiente para cobrir a procura.
Dos treze itens que compõem a cesta básica, somente o pão (+0,3), café (+7,9) e a manteiga (+12,3) tiveram alta nos últimos doze meses. Sobre o café, o Dieeese afirma que já havia uma expectativa de menor safra, sendo que ainda foram registradas altas nos preço do produto no varejo. Sobre a manteiga, houve falta de creme no mercado no ano passado, sendo que o produto é um dos principais componentes para a produção.
Apesar do barateamento entre dezembro de 2017 e o mesmo mês do ano anterior, a capital mato-grossense encerrou o ano com a 7ª cesta mais cara do país
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