Safra do Ceará triplica em novembro mesmo com açudes vazios
Mesmo com o nível dos reservatórios ainda em situação crítica, a produção de cereais, leguminosas, oleaginosas, frutas frescas e ainda tubérculos e raízes registrou bom índice neste mês de novembro em comparação com o mesmo mês do ano passado. Os dados com o crescimento na produção foram divulgados nesta terça-feira (12) no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).
A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, como o feijão-de-corda, milho, fava, soja, amendoim e algodão, cresceu 195,17% em relação ao mesmo período de 2016. Em novembro de 2016 foram produzidas apenas 187.731 toneladas contra 554.130 toneladas deste ano.
Preços
Segundo o analista de mercado da Ceasa-CE, Odálio Girão, esse bom desempenho reflete diretamente nos preços dos produtos comercializados. “Esse satisfatório crescimento que foi apontado na pesquisa reflete no bolso no cliente. O preço, por exemplo, do feijão-de-corda ficou estável neste segundo semestre. Nos meses de outubro, novembro e dezembro, o preço não só do feijão, mas também do milho, arroz e soja ficaram mais em conta”, disse.
A produção dos frutos secos - com destaque para a castanha de caju - também teve uma alta. Até novembro deste ano, foram colhidas 54.148 toneladas de frutos secos. Em relação à safra anterior de 30.968 toneladas, a variação foi de 74,85%.
Os de tubérculos e raízes destaque para a macaxeira e batata-doce. A safra no momento registra 416.374 toneladas. Um aumento de 22,96% em relação ao mesmo período do ano passado.
O único item que apontou queda foi a produção de frutos com rendimento expresso (abacaxi e coco). Em comparado ao obtido na safra anterior a variação foi negativa de 28,28%. Odálio Girão explica que ambos os produtos ainda se recuperam dos seis anos de seca. Estados como Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Paraíba e Alagoas ajudam abastecer os mercados cearenses.
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