Preço do feijão cai pela metade e puxa queda da cesta básica

Publicado em 07/12/2017 14:04

Nos últimos doze meses, o preço do feijão carioquinha diminuiu 49,76% e liderou a queda do valor médio da cesta básica, segundo o Dieese. 

Além do feijão carioquinha, outros sete produtos da cesta acumularam queda de preço: açúcar refinado (-17,73%), banana (-17,25%), farinha de trigo (-14,45%), batata, (-13%), leite integral (-11,07%), arroz agulhinha (-5,18%) e tomate (-0,24%).

Os produtos que, em 12 meses, tiveram altas mais significativas foram: carne bovina de primeira (1,38%), pão francês (2,08%), óleo de soja (3,88%), café em pó (14,10%) e manteiga (19,18%).

Alex Santos da Silva, de 40 anos, mora em Perus, na zona oeste da capital, e é consultor financeiro. Ao longo do ano, ele percebeu que apenas alguns produtos caíram realmente de preço. "É um ou outro só. No geral, eu sinto no bolso que a conta está ficando mais cara. Já não consigo comprar, com R$ 100, a mesma quantida de produtos que comprava no começo do ano. Agora, a conta dá R$ 110 ou R$ 115", disse.

Segundo o consultor, a alta dos preços só não é mais perceptível por conta de uma estratégia adotada pelos fabricantes. "Eu noto que produtos como bolachas e iorgutes mudaram para embalagens menores e o preço ficou igual, às vezes, até aumenta um pouco. Parei de comprar diversas marcar por isso", disse.

Salário necessário

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) também calculou qual deveria ser o valor do salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas. Em novembro, este valor deveria ser de R$ 3.731,39 (ou 3,98 vezes o mínimo de R$ 937). Em novembro de 2016, o salário mínimo necessário, segundo o Dieese, foi de R$ 3.940,41 (ou 4,48 vezes o piso em vigor na época, R$ 880).

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"A pesquisa mostrou redução de preço da cesta básica em 17 das 21 cidades onde é feito o levantamento. Em 2017, todas as cidades acumulam taxa negativa da cesta, ou seja, em média, houve redução do preço dos alimentos", disse a economista Patrícia Lino Costa, supervisora da área de preços do Dieese.

As cidades com maiores quedas foram: Rio de Janeiro (-3,25%), Belém (-2,26%) e Brasília (-2,12%). No Nordeste, quatro cidades tiveram elevação no valor da cesta: Aracaju (0,21%), Maceió (0,44%), Recife (0,58%) e Natal (0,96%).

No Brasil, Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 444,16), seguida por São Paulo (R$ 423,23) e Florianópolis (R$ 415,00). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 315,98), João Pessoa (R$ 324,90) e Recife (R$ 327,85).

Vilão

A batata foi o produto que mais subiu em novembro. "Teve alta em quase todas as cidades. Isso aconteceu porque as chuvas diminuiram a qualidade e a quantidade do produto", disse Patrícia.

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Fonte: R7

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