Perdas quantitativas de amendoim nos períodos do dia em sistemas mecanizados de colheita

Publicado em 23/11/2017 11:33

O amendoim (Arachis hypogaea L.) é considerado, entre as leguminosas, uma das mais importantes culturas, juntamente com o feijão e a soja. Suas sementes proporcionam elevada rentabilidade de óleo de fácil digestão (45 a 50%), possuindo altos teores de vitaminas. Tem como principal diferença em relação às demais, a produção de frutos abaixo da superfície do solo e, devido a esta particularidade, a colheita realiza-se em duas fases distintas, denominadas arranquio e recolhimento.

De acordo com ROBERSON (2009), as perdas na colheita de amendoim são inevitáveis, sendo que, na operação de arranquio, as perdas são maiores, devido ao enfraquecimento do pedúnculo pelo avançado estádio de maturidade, ou pela desfolha prematura causada por doenças, ou, ainda, quando o solo se encontra muito seco e compactado.

As perdas no arranquio canizado desta cultura ocorrem devido à intera- ção de vários fatores relacionados ao cultivo (solo, momento de arranquio, clima, sanidade da cultura, condições de desenvolvimento, plantas daninhas, maturação) e ao maquinário como: projeto, regulagem, manutenção e velocidade.

No Brasil, estudos sobre perdas na colheita de amendoim ainda são incipientes, e ainda não existe um padrão recomendável que possa ser adotado como aceitável para estas perdas. Para BRAGACHINI & PEIRETTI (2008), no momento da colheita, deve-se atentar para as corretas regulagens das máquinas, incluindo a velocidade de deslocamento, além das características do material colhido pela máquina, pois estes fatores podem influenciar na ocorrência de perdas. Nos Estados Unidos, estudos apontam que as perdas no arranquio de amendoim podem variar de 6 a 20% da produtividade (WRIGHT & STEELE, 2006). BEHERA et al. (2008) encontraram perdas totais de 23% no arranquio mecanizado realizado com teor de água no solo de 8%, constatando que essas perdas diminuíram gradualmente com o aumento do teor água do solo para 10% e 12%.

A determinação do momento de arranquio do amendoim é fundamental para se atingir máxima produtividade. Por se tratar de planta com hábito de crescimento indeterminado, mesmo quando a colheita ocorre em momento ótimo, o amendoim apresenta vagens em diferentes estádios de maturação e também variabilidades em seu teor de água no momento do arranquio e do recolhimento.

Considerando-se que as perdas no arranquio e no recolhimento do amendoim podem ser afetadas pela ação das máquinas utilizadas no processo, este trabalho teve como objetivo quantificar as perdas em dois períodos de realização da colheita (manhã e tarde), para conjuntos mecanizados.

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Fonte: Revista de Ciências Agrárias

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