Clima: La Niña se mantém
De acordo com a Somar Meteorologia, o principal efeito do fenômeno, que foi o atraso do retorno das chuvas ao Centro-Oeste, já aconteceu. Agora, a tendência é que o La Niña traga as chuvas tradicionais do verão.
"Teremos a combinação de frentes frias com a umidade da Amazônia causando chuvas, o que significa uma condição normal de clima para essa época do ano", diz Paulo Etchichury, meteorologista da Somar.
Ele avisa, no entanto, que não será surpresa se entre janeiro e fevereiro forem verificados períodos mais chuvosos. "Não que isso possa significar riscos de quebra de safra ou algo do gênero", pondera Etchichury.
Mas, ele vê a possibilidade de haver aumento da incidência de doenças como fungos, que se proliferam em ambientes úmidos, e até de dificuldades de colheita em algumas regiões do Centro-Oeste.
"Isso porque pode haver precipitações consecutivas de quatro a sete dias, com estacionamento de frentes frias, e sem ocorrências de janelas de sol", diz o especialista da Somar.
Etchichury esclarece, contudo, que não vê riscos de problemas sérios para os grãos advindos desses períodos de concentração das chuvas.