IPAM leva financiamento e pagamento por serviços ambientais à COP27
Segundo a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, desenvolvida pela ONU (Organizações das Nações Unidas) em 2015, podem ser necessários até US$ 340 bilhões em investimentos anuais para que comunidades vulneráveis sejam capazes de se adaptarem às mudanças do clima. Por isso, neste sábado, 12, durante o painel “O papel do financiamento global do clima na proteção das florestas tropicais - como alcançar reduções efetivas de emissões”, serão debatidas ferramentas capazes de direcionar a criação de uma governança global de proteção às florestas.
A mesa irá discutir os diferentes arranjos nacionais e internacionais de financiamento climático necessários para destravar e direcionar subsídios. Além disso, serão apresentadas formas de garantir que os recursos alcancem, efetivamente, o público beneficiário: indígenas, quilombolas, as populações tradicionais e os agricultores familiares.
“As estratégias que discutiremos são importantes para que tanto o Brasil quanto a sociedade civil possam estruturar arranjos para o cumprimento das nossas ambições climáticas em nível nacional e internacional”, afirma o diretor de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do IPAM, Eugênio Pantoja.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, florestas tropicais representam hoje 15% da superfície terrestre e contém cerca de 25% de todo o carbono contido na biosfera terrestre. Além disso, 90% dos cerca de 1,2 bilhão de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza dependem diretamente dos recursos florestais produtos da floresta para sobreviverem.
Com transmissão ao vivo e tradução simultânea, o painel irá contar com a participação de Eugênio Pantoja, diretor de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do IPAM;, Susan Gardner, diretora de Ecossistemas do Pnuma; Juliana Santiago, líder da Estratégia de Engajamento da Emergent com o Brasil; Andreas Dahl-Jorgensen, diretor-adjunto da Iniciativa Internacional de Clima e Floresta da Noruega -- NICFI;, Leila Saraiva, Conselheira Política do Instituto de Estudos Socioeconômicos -- INESC; e Juliana Kerexu, coordenadora da Comissão Guarani Yvopurá na Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).