Furacão Laura chega à costa do Golfo Americano perdendo força, mas causando danos
O furacão Laura chegou à Costa do Golfo americano nesta manhã de quinta-feira com ventos bastante fortes de até 120 km por hora, tempestades e "paredes de água" altas, causando bastante estrago. Segundo meteorologistas norte-americanos, o Laura se enfraqueceu de uma tempestade de categoria 4 para 2 ao atingira a terra, no estado da Louisiana, na madrugada de hoje.
Ainda de acordo com os especialistas, a força do fenômeno é muito grande e tem capacidade de penetrar mais de 60 km da costa para o interior do país onde se localiza, nos estados do Texas e da Louisiana. Em algumas regiões alcança até 6 metros de altura.
"Depois de entrar em terra firme, Laura segue em um rápido enfraquecimento nesta manhã de quinta-feira, mas o alerta ainda é extremo, já que deverá provocar chuva intensa, ventos fortes sobre Louisiana, Arkansas e Mississipi e com ondas gigantes que podem provocar problemas", informa a Climatempo.
Foto: NOAA
Segundo informações apuradas pela equipe de meteorologia da ARC Mercosul, a chegada do furacão nos estados do Golfo arrasta uma corrente de umidade em direção ao Meio-Oeste nos próximos dias.
"Durante esta semana, o tempo deve permanecer seco no coração do Cinturão Agrícola, principalmente nos estados de Iowa e Illinois, os dois principais estados produtores. Tal condição deve favorecer uma nova queda nas condições das lavouras do país, mantendo o mercado sustentado no curto prazo. Porém, a partir de sábado, a umidade vinda do sul deve chegar as principais regiões produtoras ame- ricanas, trazendo chuvas acumuladas de até 80 milímetros no oeste de Iowa, região que apresenta o maior déficit hídrico nesta safra", explica a ARC.
O mapa abaixo mostra a chuvas previstas para os próximos 7 dias nos EUA, indicando a melhora das condições para os estados mais necessitados de umidade.
A consultoria explica ainda que tais condições, ao serem confirmadas, podem favorecer principalmente a cultura da soja, mais suscetível às condições de clima neste momento.
"As lavouras de milho já estão em fase final de desenvolvimento nos Estados Unidos, com cerca de 50% delas já em fase de grão dentado (R5), ficando portanto menos suscetíveis ao clima neste momento. Já no caso da soja, apenas 4% das lavouras estão em estágio de maturação, o que mantém a necessidade de novas e boas chuvas nas próximas semanas", afirmam os especialistas.
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