NOAA já mostra reflexo da estiagem no Brasil Central e recuperação da umidade do solo no Su

Publicado em 16/06/2020 10:33 e atualizado em 16/06/2020 14:53
Chuvas dão trégua no Rio Grande do Sul e plantio do trigo deve ser retomado no estado

O mapa de umidade inicial do solo do COLA, na sigla em inglês, que é o centro de estudo Oceano-Terra-Atmosfera dos EUA ligado ao NOAA,  mostra que os níveis de água líquida no solo no Brasil central estão entre 35 e 55 centímetros. Os modelos confirmam que o período de estiagem chegou para Centro-Oeste e Sudeste, enquanto a região sul do país segue com um volume mais confortável após enfrentar grande irregularidades das chuvas durante o Verão. 

A condição é um pouco mais confortável no Tocantins, que tem em produtividade 55 até 60 centímetros de água no solo. No Mato Grosso, os volumes já são os mais baixos, ficando entre 35 e 40 cm, com destaque para o norte do estado os volumes chegam a 60 centímetros. O clima também já começa a ficar mais seco em Minas Gerais, que até esta terça-feira, 16 de junho, apresentava umidade entre 40 e 55 centímetros. A colheita do café está em pleno acontecimento e o clima, até o momento, tem colaborado com os trabalhos nas lavouras. 

Já para o sul do país, os volumes são mais expressivos. Após enfrentar um grande período de estiagem e enfrentar problemas no plantio da soja e também do milho safrinha no Paraná, as chuvas durante o mês de maio e primeira quinzena de junho iniciaram na região ao processo de recuperação do solo. No Rio Grande do Sul, a umidade chega até 65 cm em algumas as áreas do estado. Em Santa Catarina, o mapa aponta um umidade mais expressiva, entre 65 e 75 cm. No Paraná, os volumes ficam entre 55 e 60 centímetros. 

Mapa de umidade no solo por profundidade em centímetros em todo o Brasil:


Mapa de umidade no solo por profundidade em centímetros em todo o Brasil - Fonte: COLA/NOAA

 

Segundo o Boletim Agroclimático Mensal, divulgado pelo Insituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão indica a continuidade de excesso hídrico acima de 30 milímetros de precipitação para parte da região. "com destaque para o sudoeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul, onde os excessos hídricos podem variar entre a 100 e 130 mm", afirma o Inmet. 

Para o mês de junho, o mapa de previsão de déficit e excesso hídrico do Inmet, mostram precipitação entre 60 e 100 milímetros de precipitação no Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, os volumes podem ficar ainda mais expressivos no oeste do estado com até 130 mm. Em Santa Catarina, as precipitações devem ficar entre 100 e 130 mm no Centro-Sul do estado, já a região norte não há previsão de volumes significativos. 

Já para o Centro-Oeste, os modelos apontam déficit hídrico para toda a região. A situação deve ser mais crítica no Mato Grosso, com déficit hídrico previsto entre - 60 e -100 milímetros de precipitação. No Mato Grosso do Sul, a escala fica 0 e 10 mm. Já em Goiás, são esperados volumes entre - 30 e -60 mm. 

No Sudeste, São Paulo a previsão indica valores negativos tanto para São Paulo, como para Minas Gerais - ambos entre -10 e - 60 mm. Destaque para o norte de Minas Gerais, que tem tendência de ficar entre -60 e -100 mm. 

Para o Matopiba, o mapa para junho aponta um déficit hídrico ainda mais intenso. Áreas do Tocantins, sul do Mato Grosso e parte do Piauí, podem ficar com volumes entre -130 e -150 mm. Para o oeste da Bahia são esperados volumes de -60mm. 

Veja o mapa de déficit e excesso hídrico válido para o mês de junho: 


Fonte: Inmet 

Previsão estendida para todo o Brasil

O produtor de trigo do Rio Grande do Sul enfrenta problemas para concluir o plantio do trigo no estado. Após ter que driblar a irregularidade de chuvas e altas temperaturas, as chuvas dos últimos dias paralisaram os trabalhos nas lavouras. A boa notícia, no entanto, é que o modelo de previsão estendida do NOAA, para os próximos dias, indica uma pausa nas chuvas expressivas e apenas condição de chuvas mais volumosas somente para o extremo sul do Rio Grande do Sul. Entre o período de 16 e 24 de junho, os volumes não devem ultrapassar os 40 mm nesta região. 

Veja o mapa de previsão estendida para todo o Brasil: 


Fonte: NOAA 

 

Já no período entre 24 de junho e 2 de julho, a tendência é que volte a chover de maneira mais expressiva no sul do Brasil. O modelo aponta volumes acima dos 100 milímetros para áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. As demais regiões do Brasil devem permanecer sem previsão de volumes expressivos. 

Veja o mapa de previsão de precipitação para as próximas 174 horas em todo o Brasil: 


Fonte: Inmet 


Algodão em Rio Verde (GO). Envio de Alex Zamonaro


Soja em Victor Graeff (RS). Envio de Alander Bernardo


Lavoura de feijão em Cristalina (GO). Envio de Eduardo Zavaschi


Safrinha de carne em Ribeirão Cascalheira (MT). Envio de Vanderlei Secco​

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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