Furacão Dorian atinge Carolina do Norte e provoca ventos fortes e ondas grandes
Por Nick Carey e Amanda Becker
CHARLESTON, Estados Unidos (Reuters) - O furacão Dorian atingiu a Carolina do Norte nesta sexta-feira, provocando ventos fortes e ondas grandes em uma região de praias, depois de reduzir partes das Bahamas a escombros.
A tempestade, com ventos de 150 km/h, atingiu o solo em Cabo Hatteras às 10h da manhã (horário de Brasília), de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA.
O Dorian já levou até 25 centímetros de chuva ao longo da costa entre Charleston, na Carolina do Sul, e Wilminton, na Carolina do Norte, segundo meteorologistas.
"A chuva está seguindo para o norte", disse Alex Lamers, meteorologista do Serviço Nacional do Clima (NWS), na manhã desta sexta-feira. "Até o interior da área de Raleigh-Durham terá 7 centímetros hoje".
O Dorian deve seguir para o mar ainda nesta sexta-feira e desencadear ventos típicos de tempestade tropical na ilha de Nantucket e em Martha's Vineyard, no Massachusetts, na manhã de sábado.
Mas provavelmente ele poupará a maior parte do resto da Costa Leste das chuva e dos ventos mais intensos, sendo provável que chegue ao continente em Nova Escócia na mesma noite, informou o NHC. "Ele está em via de se afastar, rumando ao norte", disse Lamers
O flanco oeste do Dorian encharca as Carolinas desde a manhã de quinta-feira, inundando cidades do litoral, desencadeando mais de uma dúzia de tornados e privando centenas de milhares de pessoas de energia.
As águas das inundações atingiram 30 centímetros ou mais em partes de Charleston, onde mais de 18 centímetros de chuva caíram em algumas áreas, disseram autoridades. Outro 1,25 centímetro ou mais deve cair de sexta-feira para sábado.
Mais de 300 mil casas e negócios ficaram sem luz nas Carolinas na manhã desta sexta-feira, mas a energia de milhares de pessoas foi restaurada na Geórgia, mostrou o site de monitoramento poweroutage.us.
(Por Nick Carey, em Charleston, Carolina do Sul, e Amanda Becker, em Kill Devil Hills, Carolina do Norte; Reportagem adicional de Jonathan Allen, Peter Szekely, Matt Lavietes e Scott DiSavino, em Nova York, e Rich McKay, em Atlanta)