Argentina: problemas por baixa no Rio Paraná se agravam em Gran Rosario

A baixa do rio Paraná, que há dois meses afeta toda a bacia e o transporte de grãos no terminal de Gran Rosario, na Argentina, segue somando problemas no noroeste do país. Segundo dados oficiais, há dois meses a tendência de baixa é constante, o que gera complicações nas atividades econômicas que dependem da hidrovia, sobretudo as portuárias.

No terminal de Gran Rosario, onde funciona o polo oleaginoso mais importante da região, houveram embarcações que não puderam sair com a carga prevista, o que gerou perdas e atrasos na exportação de grãos.

A situação descrita também impede hoje a navegação de embarcações que transportam combustíveis até o norte da província e para o restante dessa zona do país. A consequência é o desabastecimento de combustíveis nas pequenas empresas e indústrias de toda a região compreendida pelo departamento de General Obligado, o que ocasiona severos prejuízos na economia regional.

Nicolás Debarbora, presidente do Centro Comercial e Social de Villa Ocampo, reconheceu que as pequenas empresas são as mais afetadas pela falta de combustíveis. Desta forma, o abastecimento está sendo feito de forma terrestre, "mas é uma solução momentânea que chegou apenas nesta semana, após dez dias sem combustível. E nada nos garante de que esses caminhões irão voltar a abastecer", alertou o empresário.

Estima-se que a situação de baixa no rio Paraná pode se estender até metade de setembro. O Instituto Nacional de Água (INA) alertou que a tendência seguirá e que não há perspectiva de chuvas na zona do Iguaçu.

Tradução: Izadora Pimenta