Argentina: armazenagem de água na maior região produtora vai de deficitária a regular
Na província de Córdoba, Argentina, cerca de 2,8 milhões de hectares possuem algum grau de risco em função da falta de água, como informa a Bolsa de Cereais local. Esta área é composta, principalmente, por milho e soja de primeira etapa, cultivos que estão sendo mais prejudicados pelo regime de chuvas abaixo das médias históricas.
O boletim semanal do Escritório de Risco Agropecuário (ORA, na sigla em espanhol) da Argentina não somente ratifica que esse cenário está complicado, bem como adverte que, devido às chuvas que foram escassas durante a última semana, "as armazenagens atuais de água na zona núcleo se classificam como escassas a regulares, assim como no sudeste de Buenos Aires", enquanto "no restante da região dos Pampas, predominam as reservas deficitárias".
O mapa de estado de reservas de água no solo, para um plantio de soja de primeira etapa, também destaca isso: quase toda a província de Córdoba está sob seca e somente uma porção muito pequena do território, no limite com Buenos Aires, possui reservas adequadas.
O panorama local é completamente diferente ao do Norte do país, que recebeu precipitações recordes durante o mês de janeiro, enfrentando excessos hídricos, com risco de inundações.
O ORA, assim, aponta que "se observam duas situações marcadamente opostas, com excessos no Norte do país e déficit no centro e sul da área de soja nacional".
Nessa semana, o quadro tende a ser estável, já que as chuvas se concentrarão no Noroeste Argentino, com baixas chances de novos volumes na região dos Pampas, esta que também deve enfrentar altas temperaturas.
Tradução: Izadora Pimenta