Argentina tem 45% menos água no solo do que na safra anterior, diz Bolsa de Rosario
Que o "La Niña" vem se fortalecendo, não é nenhuma novidade, mas a Argentina vive uma situação delicada: para esta mesma época do ano em 2017, os solos já contavam com 440mm acumulados, em média, enquanto hoje somente se chega a 240mm.
A Bolsa de Comércio de Rosario (BCR), por meio de seu Guia Estratégico para o Agro (GEA), divulgou um boletim sobre o estado dos cultivos, no qual advertiu que "na zona núcleo, desde novembro até as últimas chuvas de 22 de janeiro, as chuvas acumuladas diminuiram em 45% em relação ao mesmo período de um anO".
A BCR também informou que "o gráfico de diferenças percentuais entre as chuvas deste período e o anterior" envolve grande parte do norte de Buenos Aires com uma maior severidade do que nas demais áreas. As diferenças de chuvas de um ciclo para o outro são maiores do que 60%.
"Há um ano, o norte de Buenos Aires chegou a receber 500mm em média e neste ciclo apenas chega a 200mm nestes últimos três meses. É a zona mais deficitária, mais ainda quando a análise é feita sobre o centro de Buenos Aires, onde os acumulados são menores do que 140mm", sinaliza o GEA.
Córdoba, por sua vez, tem uma diferença de 50mm: no ano passado, o acumulado era de 300mm e, agora, soma 250mm. Santa Fe também tem uma "dívida de milímetros", notada principalmente no centro e no sul da província, afetando o desenvolvimento dos cultivos precoces de soja e milho.
Tradução: Izadora Pimenta