Próximas chuvas devem beneficiar grande parte da área agrícola da Argentina, mas perspectiva é de seca para 2018/19
Segundo Eduardo Sierra, especialista em agroclimatologia, as últimas chuvas na Argentina "marcaram o final do bloqueio que havia predominado durante novembro e a primeira quinzena de dezembro".
Neste contexto, ele acredita que haverão novos eventos de precipitações "no futuro próximo" que irão beneficiar a maior parte da área agrícola, com exceção da parte sudoeste de Buenos Aires, La Pampa e sudoeste de Córdoba.
A primeira passagem será próxima do Natal, a segunda deve vir ao final do ano e a terceira no começo de janeiro.
"Isso permitirá, ainda que com atraso, a completar os plantios e trazer boas condições para o início e a etapa vegetativa dos cultivos", sinalizou, ao La Nación.
Depois, o mais provável é que se estabeleça o bloqueio que é comum em janeiro, "fazendo com que até o final de janeiro/começo de fevereiro as chuvas se reduzam ao mesmo tempo em que o forte calor irá consumir gradualmente a umidade".
Segundo Sierra, em fevereiro "as chuvas voltarão com bastante força, repondo as reservas de umidade e dando boas condições para a formação do rendimento".
Em março, as chuvas devem diminuir e o outono será mais seco do que a média, o que irá favorecer a maturação e reduzir a pressão de doenças de final de ciclo, mas que deixará os solos secos. Assim, boa parte da área agrícola deve começar a safra 2018/19 em condições de seca, indicou.
Tradução: Izadora Pimenta