Comissão de mudanças climáticas debate bioenergia e biocombustíveis
A Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC) debateu na tarde desta terça-feira (31), no plenário 7 do Senado Federal, em audiência pública interativa, “As perspectivas de crescimento da produção brasileira de bioenergia e biocombustíveis”. O pedido de realização do debate é do relator da comissão, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), presidente da Comissão de Agricultura da Câmara Federal. Os conferencistas foram unânimes em afirmar que o Brasil oferece condições espetaculares para progredir em energia renovável.
Na abertura da sessão, o deputado criticou as notícias alarmistas veiculadas por alguns órgãos de comunicação condenando o agronegócio brasileiro para desmerecer a sua pujança e a sua contribuição na segurança alimentar do Brasil e do mundo. Para Sergio Souza, chamadas do tipo Agronegócio estimula o desmatamento, Ruralistas validam o trabalho análogo à escravidão, e o Funrural anistia produtor caloteiro constituem manchetes dirigidas à COP 23, a ser realizada em Bonn (Alemanha), de 6 a 17 de novembro.
O deputado indagou: o que se esconde por trás dessas campanhas financiadas pelos nossos concorrentes para denegrir e macular a imagem do agro brasileiro? Ele disse que enquanto a FAO implora ao Brasil para manter a nossa produção de alimentos crescentes, nossos concorrentes financiam certas Ongs para promover ações contra o setor mais exitoso da nossa economia – o agronegócio. Sergio destacou que poucos países conseguem tirar tanto da terra e interferir tão pouco na natureza quanto o Brasil.
Participaram da audiência Lívio Teixeira de Andrade Filho, coordenador-geral de Fontes Alternativas do Ministério de Minais e Energia; Miguel Ivan Lacerda de Oliveira, diretor do Departamento de Biocombustíveis, do Ministério das Minas e Energia; Eduardo Leão de Sousa, diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA); Daniel Furlan, gerente de Economia da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove); Rafael Gonzales, diretor do Centro Internacional de Energias Renováveis-Biogás (CIBiogás) e Donizete Tokarski, diretor superintendente da União Brasileira do Biodiesel e do Bioquerosene (Ubrabio).
Memória - Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol, biocombustível produzido a partir da biomassa da cana-de-açúcar. Dados da ANP também indicam que cerca de 45% da energia e 18% dos combustíveis consumidos no Brasil já são renováveis. No resto do mundo, 86% da energia vêm de fontes energéticas não renováveis, como o petróleo e o carvão mineral.