Na Folha: Cresce o risco de El Niño voltar a ser vilão da inflação
O preço dos alimentos, principal motor para a rápida desaceleração da inflação em 2017, pode passar de herói a vilão no final do ano.
Em seu relatório mais recente, de março, a agência americana que monitora o risco de fenômenos climáticos globais mais que dobrou a probabilidade de que ocorra El Niño a partir de agosto.
Caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico, o El Niño afeta as chuvas e a temperatura no mundo todo, prejudicando a produção de alimentos -e, assim, elevando os preços.
Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), do governo dos EUA, o risco de que ocorra o fenômeno neste ano passou de 29% em dezembro do ano passado para 70% no último mês.
Se a previsão se confirmar e o efeito no clima for relevante, os preços podem começar a subir em novembro, diz a economista Iana Ferrão, responsável por análise de inflação no banco Credit Suisse.
"O risco é maior para o ano que vem. Se no final do ano as chances de quebra de safra subirem, isso pode afetar o trabalho do Banco Central."
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