Clima, por AgResource Brasil: Centro Norte do Brasil ainda recebe chuvas fortes até fim de fevereiro
Os mapas atualizados pela AgResource Brasil (ARC Brasil) nesta quinta-feira (16) trouxeram pontos interessantes que devem continuar sendo observados. Os principais modelos de previsões meteorológicas (europeu e americano) trazem alta convergência para as leituras ao Norte e Nordeste do país, incluindo Goiás e Mato Grosso. O “lado sul do país” passa por um padrão climático com certa instabilidade. As leituras para o Sudeste e principalmente Sul do Brasil têm se diferenciado nos últimos dias.
Goiás – Note que chuvas continuam a ser oferecidas nos próximos 10 dias, principalmente no lado Oeste do estado. Uma massa de ar quente chega pelo litoral brasileiro prejudicando a formação de novas chuvas nesta segunda quinzena do mês. Um novo evento de chuvas significantes é esperado no fim do mês e no começo de março.
Mato Grosso – Altos índices pluviométricos continuam regando o Mato Grosso, com os totais mais pesados concentrado ao Noroeste e regiões pontuais ao longo do estado. Apesar de chuvas intensas, os eventos terão intervalos entre si. Mesmo com problemas pontuais, o estado continua com um cenário propício ao progresso de plantio e desenvolvimento do milho safrinha.
Rio Grande do Sul – Os modelos mostram bastante diferenças, com exceção de chuvas pesadas chegando pelo Uruguai, que deverão adicionar totais significantes ao Sul do estado. O modelo europeu coloca chuvas mais generalizas para todo o RS, enquanto que o modelo americano coloca chuvas mais centralizadas ao lado sul do estado.
Paraná - Padrão de leituras bastante semelhantes ao Rio Grande do Sul, com grande divergência entre os modelos. O europeu traz um padrão mais “molhado” para o estado. A ARC Brasil lembra que: o modelo europeu possui uma maior taxa de acertos para as previsões meteorológicas sul-americanas. Já nas regiões aonde ambos os modelos oferecem chuvas as taxas de acerto são ainda maiores.
No geral, o clima no Brasil se mostra de maneira bastante benéfica na reta final da safra de soja. Entretanto, partes da região do MATOPIBA ainda enfrenta problemas com chuvas escassas e de baixa intensidade.
Na Argentina as chuvas mais pesadas deverão se concentrar ao Norte do país, dando uma “trégua” às regiões prejudicadas com os excessos de chuvas no começo do ano. Inclusive, nestas últimas semanas, o padrão que foi estabelecido no país de nossos hermanos ajudou na recuperação de regiões com graves prejuízos. A ARC Brasil lembra que mesmo com “recuperações” ainda sim a safra do país foi cortada em 2-4 milhões de toneladas.