La Niña melhora cenário agrícola no Brasil; Centro-Oeste e Sudeste se beneficiam com as chuvas
Depois de sofrer com um dos El Niños mais forte desde 1950 a agricultura brasileira terá que lidar neste verão com o efeito da La Niña, fenômeno oposto ao El Niño. Os dois fenômenos oceânicos atmosféricos interfere no clima do Brasil causando alterações no padrão de temperatura e de chuva. De acordo com Alexandre Nascimento, meteorologista da Climatempo, o fenômeno La Niña já começa a atuar sobre o país, mas não com forte intensidade, e deve se afastar já no fim do verão.
» O que esperar da La Niña na safra 2016/2017
Caracterizado pela diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico, um dos efeitos do La Niña no Brasil é aumentar as chuvas sobre o Nordeste. Além disso, o fenômeno também estimula a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul que facilita a formação de áreas de chuva persistentes.
Segundo a meteorologista da Climatempo, Josélia Pegorim, os principais centos de monitoramento do clima global concordam que a La Niña irá atuar de forma fraca em 2017. O fato é que este fenômeno favorece mais chuva em algumas áreas brasileiras e diminui em outras.
Depois de dois anos secos, as plantações de café do país voltaram a receber maiores precipitações e isso deve favorecer a próxima safra. As regiões produtoras de cana de açúcar e café do Sudeste e Centro-Oeste do país serão beneficiadas com a chuva.
Ainda em 2017, as lavouras de cana, principalmente no leste nordestino e no Espírito Santo, também podem registrar alto nível de pluviosidade, o que deve favorecer a cultura. De uma forma geral, a agricultura brasileira deve bater recorde nesta safra de grãos, inclusive o Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.