Semana será chuvosa em áreas de soja do Centro-Oeste, dizem especialistas
SÃO PAULO (Reuters) - A segunda-feira começou com muita nebulosidade e com registros de chuvas em diversas localidades do Mato Grosso, Goiás, Rondônia e Tocantins, e esse deverá ser o padrão ao longo de toda essa semana nas regiões Centro-Oeste e Sudeste e no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e Pará, favorecendo o desenvolvimento das lavouras de soja, disseram meteorologistas nesta segunda-feira.
A presença de áreas de instabilidade provocará a ocorrência de pancadas de chuvas, ora mais intensas, ora menos, disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos.
"A tendência para esses próximos dez dias é que não venham a ocorrer anomalias que possam causar perdas generalizadas, apenas se observará relatos de alguns produtores de perdas bastante pontuais", disse ele.
Dados da Somar Meteorologia apontam chuvas em praticamente todos os dias desta semana em Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Na região central de Mato Grosso, por exemplo, chegou a chover 40 milímetros na sexta-feira, também segundo a Somar, o que indica boa umidade no solo.
Com o plantio praticamente encerrado no Brasil, especialistas dizem que os meses de dezembro e janeiro serão cruciais para garantir uma safra recorde, acima de 100 milhões de toneladas de soja.
Pesquisa da Reuters apontou que o clima amplamente favorável para desenvolvimento da safra tem permitido que analistas e entidades mantenham-se otimistas para a colheita de 2016/17, com a média de 18 fontes consultadas apontando uma produção de 103,1 milhões de toneladas, ante 95,4 milhões em 2015/16, quando chuvas irregulares prejudicaram a produtividade em diversas regiões.
Na região Sul, a semana será marcada pelo tempo firme e sem previsões para chuvas generalizadas, principalmente no Rio Grande do Sul.
Contudo, a partir de quarta-feira, um novo sistema de baixa pressão deverá amenizar a situação e provocar chuvas em diversas localidades do Paraná e do sul do Mato Grosso do Sul, ainda que em forma de pancadas irregulares.
(Por Gustavo Bonato)