Especialista prevê clima benéfico para o desenvolvimento da safra 2016/17 na Argentina
Germán Heinzenknecht, especialista da Consultoria de Climatologia Aplicada da Argentina, explicou ao jornal La Nación qual é a perspectiva climática para o país nos próximos meses da safra 2016/2017.
De acordo com o especialista, deve haver uma tendência normal em matéria de chuvas e o La Niña não deve ter interferência no ciclo agrícola, ainda que deva haver alguns pontos sofrendo com a seca.
Ele aponta que, com exceção da área vulnerável (sudeste de Córdoba, nordeste de La Pampa, noroeste de Buenos Aires), que sofre alagamentos e inundações de várias intensidades, para o restante da zona núcleo, o panorama para o plantio de soja é bom. As chuvas deve continuar trazendo a umidade necessária durante o mês de novembro, mas sem os altos índices da outubro.
O volume normal de chuvas para novembro, no entanto, é ruim para as zonas inundadas, onde deveria haver uma seca pelo resto do mês e dezembro para normalizar o panorama. Esta necessidade poderá, logo, distorcer o avanço no restante da zona núcleo - e é muito improvável que ela seja satisfeita. Por outro lado, faltam chuvas nos municípios costeiros do sul de Buenos Aires.
Para o especialista, também, "o período crítico do impacto do La Niña é o que a Argentina está transitando, até o começo de janeiro". No entanto, a intensidade deve ser bastante fraca, o que faz com que seja difícil priorizar este indicador como um fator que pode trazer uma seca de grande escala para esta safra. O especialista entende que podem haver "pulsos secos" temporários, mas as causas seguirão associadas à circulação de escala regional. Se essas secas pontuais ocorrerem, é difícil que se sustentem.
Estatisticamente, entre meados de dezembro e meados de janeiro, sempre aparecem períodos secos, que logo são complementados de forma destacada.
Com informações do La Nación