Barragens subterrâneas e resgate de solo aliviam efeitos da seca no RN

Publicado em 22/07/2016 07:25

O quinto ano seguido de poucas chuvas no Rio Grande do Norte – já considerada a estiagem prolongada mais severa da história do estado – não deixa alternativa para o sertanejo: ou abandona a terra ou aprende a conviver com a seca. No estado, a Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural) vem desenvolvendo projetos que estão ajudando o pequeno agricultor a suportar os efeitos da escassez de água. A construção de barragens subterrâneas e o trabalho de recuperação de solos degradados são dois exemplos.

Entre os dias 3 e 6 deste mês, o G1 foi a onze cidades do interior potiguar para a ver de perto como o sertanejo, animais e também a vegetação do semiárido vêm resistindo à falta d'água. Em Umarizal e Jardim do Seridó, onde a seca também é braba, os projetos da Emater estão fazendo a diferença. "Me ajuda e ajuda muito toda minha família", afirmou o agricultor Francisco Gurgel de Freitas, de 62 anos, ao falar sobre o projeto 'Segunda Água', no qual a Emater constrói barragens subterrâneas nas terras de pequenos produtores rurais.

Conhecido como Chico de Raulino, foi o agricultor quem explicou como funciona este tipo de barragem. "Cavamos uma vala na parte mais baixa do terreno, colocamos uma lona plástica dentro e a prendemos nas pedras que estão no fundo do solo. Quando a chuva cair, a água vai infiltrar na terra, mas não vai escoar pelo fundo por causa das rochas e também não vai escapar pelos lados porque a lona vai segurar. Assim, temos um barramento subterrâneo que segura a água como uma piscina embaixo da terra", disse.

Francisco tem uma pequena propriedade no chamado Sítio Acauã, comunidade rural do município de Umarizal, na região Oeste do estado. A barragem subterrânea foi construída em 2012. "Só é possível fazer a barragem em período de seca mesmo. Agora, é esperar pelas chuvas para que eu possa plantar. E quando isso acontecer, terei água armazenada embaixo da terra, assegurando a fertilidade do solo mesmo durante um longo período de estiagem", ressaltou.

Leia a notícia na íntegra no site G1 - RN.

Fonte: G1 - RN

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