Seca e chuva deixam 18% das cidades do país em emergência
Em Caruaru (PE), município com 347 mil habitantes, os moradores têm água em apenas um terço do mês, e a plantação secou. A 3.800 km de lá, ainda há gente desaparecida em Agudo (RS) após as fortes chuvas de dezembro.
As duas cidades pediram socorro ao governo federal alegando que, sozinhas, não conseguem resolver a situação. E elas não são exceção: no Brasil, um a cada cinco municípios está em emergência ou calamidade pública por causa de desastres naturais reconhecidos pela União.
Além deles, há ao menos nove Estados inteiros na mesma situação por infestação de Aedes aegypti ou doenças transmitidas pelo mosquito.
Os dados são de levantamento da Folha nas Defesas Civis estaduais e no Ministério da Integração Nacional.
Embora a quantidade de cidades em emergência ou calamidade seja semelhante à de um ano atrás, a preocupação se agravou diante do recente avanço da dengue, do vírus zika e da chikungunya.
Na prática, regiões que já estão fragilizadas por desastres naturais ainda têm agora que lidar com um problema grave de saúde pública.
Entre os municípios afetados, 792 deles (77%) sofrem com a escassez de chuva estiagem ou seca, no Nordeste do país e em Minas Gerais.
No outro extremo do Brasil, uma situação inversa: chuvas em excesso e problemas relacionados deixaram 236 cidades (sobretudo do Sul) em emergência ou calamidade por enxurradas, alagamentos, deslizamentos, vendavais.
Em Minas, além de 102 cidades com seca e estiagem, há outras sete que pediram socorro recentemente devido às chuvas ainda sem reconhecimento federal e quatro pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana, em 5 de novembro.
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