Chuvas elevam nível de todos os mananciais de São Paulo
A crise hídrica ainda está longe de acabar, mas o volume de água armazenada subiu de ontem (5) para hoje (6) nos seis sistemas de abastecimento administrados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A elevação é resultado das chuvas praticamente contínuas que caíram tanto na região metropolitana quanto nas cabeceiras dos mananciais, informou a empresa.
No principal deles, o Cantareira, de onde é retirada a água para abastecer 6,5 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo, o nível aumentou de 5,2% para 5,4%. Ao contrário da pouca chuva de janeiro, o sistema conseguiu captar quase a metade da média histórica prevista para fevereiro, acumulando, em apenas cinco dias, 80,1 milímetros. O esperado para todo o mês é 199,1 milímetros.
No Sistema Alto Tietê, o índice de armazenagem teve elevação mais expressiva do que no Cantareira, passando de 11% para 11,5% com a captação em um só dia de 43,8 milímetros. Desde o início de fevereiro, o sistema recebeu 67,6 milímetros de água de chuva, diante da média para todo o mês, de 192 milímetros.
No Guarapiranga, o segundo maior reservatório de São Paulo, o nível passou de 48,1% para 49,8%, somando, desde o começo do mês, 68,6 milímetros de chuva diante da média histórica para fevereiro de 192,5. No Alto Cotia, o índice aumentou de 29,1% para 30,6% milímetros, com um acumulado de chuva em 87,8 milímetros. A média é 178,9.
No Rio Claro, o nível hoje é 30,4%. Nessa quinta-feira, era 30%, com um acumulado de chuva em 49,6 milímetros, diante da média de 237,8 milímetros. No Rio Grande, o nível subiu de 75,1% para 76,4%. Nesse sistema já choveu 74,8 milímetros nos últimos cinco dias. A média esperada para todo o mês é 206,1 milímetros.
Para hoje (6) e os próximos dias as previsões são de novas pancadas de chuva na Região Sudeste, incluindo as áreas desses mananciais, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec).