Falta de planejamento deixa Rio Grande do Sul em alerta permanente para falta de água
Estado que carrega no nome uma alusão à fartura de água e tem de padroeiro o santo consagrado como guardião da chuva, o Rio Grande do Sul assiste aodrama do Sudeste com uma ponta de alívio. Depois da forte seca do verão 2011/2012, que levou cidades ao racionamento, dizimou lavouras e fez a economia encolher, são três anos seguidos de precipitações generosas, com plantações viçosas, rebanhos sem sede e despreocupação na hora de tomar banho ou lavar louça. Nem o gosto ruim que saía das torneiras, recorrente em períodos de nível mais baixo do Guaíba, tem atormentado os porto-alegrenses.
A aparente bonança, porém, camufla um perigo sempre à espreita. Acostumado a secas nos meses mais quentes, exatamente quando o consumo cresce nas cidades e no campo, o Rio Grande do Sul tem, conforme a Agência Nacional de Águas (ANA), o segundo maior desequilíbrio crônico entre oferta e uso de recursos hídricos do país, só atrás do semiárido nordestino.
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