Carne Bovina: Seca provoca redução de animais para abate no RS

Publicado em 04/02/2011 08:50
O clima desfavorável com poucas precipitações na campanha  e Zona Sul do Rio Grande do Sul segue prejudicando o desempenho da bovinocultura de corte e provocando uma redução na oferta de animais para o abate. O gado  segue perdendo peso, e o estado geral dos animais está sendo considerado  razoável nos municípios mais castigados pela estiagem.
Projeta-se uma redução do número de nascimentos para próxima primavera, devido à visível diminuição da ocorrência cio nas fêmeas e ao baixo  índice de prenhez que está sendo observado. Para complicar a situação, aumentou a incidência de carrapatos e moscas do chifre, o que termina
acarretando um maior debilidade dos animais.
Nos municípios onde a falta da água está mais acentuada, os criadores  seguem tendo dificuldades para dessedentar os animais. A solução continua  sendo o fornecimento de água através de caminhões-pipa, principalmente para  as propriedades com um menor infraestrutura de reservação.
Caso a situação não se altere nos próximos períodos, o quadro, que já é grave nos municípios mais afetados, tende a alastrar-se para os demais,  devido à ampliação do déficit hídrico, que já está bastante baixo. Já  nas demais regiões do Estado, em que pese alguns casos pontuais de má
distribuição e baixa precipitação, a situação é considerada satisfatória e normal.
O desenvolvimento das pastagens está bom, o que tem refletido em um  adequado desempenho da atividade. A condição corporal dos animais é boa e o  desempenho reprodutivo, satisfatório. Nestas regiões, o índice de ganho de  peso segue dentro do esperado para o período. O levantamento de preços realizado nas principais praças de comercialização indica que o preço médio do produto continua apresentando uma tendência de elevação, decorrente da menor oferta de animais para a bate na principal região de criação.
A vaca gorda passou de R$ 2,82 para R$ 2,84 o kg vivo, aumento de 0,71% no período. O boi gordo também teve aumento no seu preço  médio de comercialização, passando de R$ 3,18 para R$ 3,19 o kg vivo, aumento de 0,31% no período.

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Fonte: Emater/RS

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