Santa Catarina: Indústria da carne propõe cooperação e pede valorização do setor

Publicado em 25/01/2023 09:24

Cooperação e valorização da cadeia produtiva agroindustrial da proteína animal. Isso é o que espera da nova administração federal o presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) José Antônio Ribas Júnior.

            O dirigente disse que a vasta cadeia produtiva da carne espera participar e ser ouvida nas decisões que impactam o setor. “Como geradores de riqueza e responsáveis por alimentar tantos em tantos lugares, queremos ver nossos pleitos considerados nas políticas e estratégias públicas”, assinala. Observa que “todos temos posicionamentos políticos, mas a eleição terminou em novembro, a vontade do povo foi expressa num ambiente democrático. Agora trabalhamos todos pelo Brasil”.

            Os novos administradores nas esferas federal e estadual devem honrar os compromissos assumidos e implementar as propostas aprovadas pelo eleitor, pavimentando a estrada do desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. “Neste sentido podemos ser os melhores parceiros dos nosso líderes políticos”, assevera.

Sobre o programa de reindustrialização no País, que deverá ser implementado pelo BNDES, o presidente do Sindicarne considera fundamental que o Brasil retome essa prioridade. “Vivemos anos de desindustrialização. O Primeiro Mundo se industrializou, gerou riquezas e hoje ainda colhe seus frutos. China investe em educação, tecnologia e indústrias de todos os setores como base geradora de prosperidade e como segurança e soberania nacional. O Brasil não viveu a plenitude ou amadurecimento deste ciclo. Faltam-nos indústrias em diversos setores. Desde indústria de base até de tecnologias de ponta.”

Lembra que o empreendedorismo e o desenvolvimento industrial e comercial brasileiro passam por segurança jurídica, políticas estáveis de longo prazo, acesso a credito e, fundamentalmente, pela estabilidade política e democrática.

O Sindicarne lamenta que o parque industrial brasileira seja antigo, de eficiência limitada e, por consequência, de baixa competividade, principalmente se comparados à China. Mas, o Brasil pode se tornar uma alternativa importante ao mundo, modernizando e criando um ambiente atrativo para os investimentos. Para isso será necessário um plano de Estado e não apenas de um governo. “Grandes investimentos demandam prazos extensos, segurança e estabilidade de políticas”, lembra Ribas.

            MEDIDAS

As entidades do agronegócio estão preocupadas com algumas medidas que o novo governo pode implementar, como a tributação de insumos agrícolas e a retirada de alguns estímulos ou desonerações fiscais na indústria de alimentos. O empresário está convicto, porém, que o atual governo irá analisar com muita responsabilidade e ouvir os representantes do setor, antes de quaisquer movimento. Ao estudar o agro, analisar as contas e entender os impactos deste setor que gera riqueza – representa 55% da balança comercial brasileira – provavelmente , todos sentarão à mesa para discutir as melhores estratégias.  

O presidente do Sindicarne aponta que seria contraproducente às políticas sociais do  Governo Federal gerar desestímulo ao investimento no agronegócio. Comentou que, no Congresso, a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) reconhece e defende as pautas agro com muita competência técnica e política.

“Nosso rico Pais é pobre”, proclama o dirigente. Esse cenário somente será mudado com a geração de  empregos, alimento à mesa das pessoas e, consistentemente, gerando crescimento anual do PIB acima de 5%. Qualquer verdadeira liderança política sabe onde as alavancas do desenvolvimentos estão.

Não à toa nas ultimas COP 26 e 27 COP (Conferencia das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) os países desenvolvidos citam a produção de alimentos como questão central de segurança e soberania nacional. Que outro País pode falar do seu agro igual o Brasil: temos sanidade como patrimônio, competitividade, qualidade e sustentabilidade. Temos que fazer destas nossas competências, alavancas definitivas para tornas o Brasil um a potência mundial.

Por essas razões, o sindicalista não acredita que serão criados obstáculos ao agronegócio. “Mas estamos e estaremos atentos. Não queremos vantagens e ou benefícios indevidos, queremos apenas exercer nossa maior virtude: produzir e gerar riqueza ao País”, anuncia. “O Governo pode e deve nos ver como parceiros. E juntos vamos alavancar nosso desenvolvimento. Retroceder jamais”, declara o presidente José Ribas Júnior.

Fonte: Assessoria de Imprensa

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Tilápia/Cepea: Oferta elevada e fraca demanda mantêm preços em queda
Abiec emite nota oficial sobre acordo entre Mercosul e União Europeia
Trimestrais da pecuária: abate de bovinos, frangos e suínos cresce no 3º trimestre
Brasil tem produção recorde de carnes bovina, suína e de frango no 3º tri, diz IBGE
Tyson Foods fechará frigorífico de carne bovina no Kansas, cortando mais de 800 empregos
China levanta restrições comerciais finais sobre processadores de carne australianos
undefined