Com conflito entre Rússia e Ucrânia, promessa russa de importação de carnes suína e bovina do BR fica "nebulosa", diz analista
Com a autorização na madrugada desta quinta-feira (24) do presidente russo Vladmir Putin para o início de uma ação militar no Leste da Ucrânia e a confirmação de bombardeios em território ucraniano, a preocupação do setor de carnes brasileiro, se acordo com especialista, é em relação às promessas de importação por parte da Rússia e os custos de produção.
Segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, "a Rússia ainda está no campo das promessas de importar mais carne bovina e suína do Brasil, o que foi anunciado no ano passado, e isso acaba ficando nebuloso".
Em novembro do ano passado, a Rússia anunciou a retomada da importação de carne bovina e suína de 12 frigoríficos brasileiros. A maioria das restrições aos produtores brasileiros de carne bovina e suína pela Rússia vigorava desde 2017, motivadas por alegações do uso do aditivo ractopamina na alimentação das criações, o que grupos brasileiros da indústria de carne negaram.
Para além da questão das importações das proteínas animais brasileiras, Iglesias ainda pontua que "as consequencias indiretas, que no momento são as principais que podem afetar o Brasil, como os preços de milho, soja, petróleo, fertilizantes subindo, o que gera impactos nos custos de produção".
O analista explica ainda que os questionamentos agora são em torno de como o ocidente vai agir em relação a essa crise na Europa oriental. Segundo Iglesias, será preciso observar se haverá sanções econômicas mais graves, se o Brasil vai impor algum tipo de sanção por causa dessa invasão, dependendo da pressão que o ocidente vai impor. A
"Com certeza o Brasil será pressionado pela União Europeia sobre as ações que serão tomadas", pontua.
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