Marfrig reforça compromissos ESG durante a COP-26
A Marfrig, líder global em produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, anuncia sua adesão à iniciativa liderada por dez empresas globais em commodities para traçar um plano de ação conjunto de redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) até a 27ª Conferência do Clima da ONU - COP-27, que acontecerá em 2022, no Egito. Fazem parte do grupo empresas de carne bovina e beneficiadoras de soja, cacau e óleo de palma. O objetivo é contribuir para que o aumento de temperatura do planeta não exceda 1,5 ºC até 2030.
Anunciado durante a COP-26, sediada em Glasgow, na Escócia, o programa tem como foco aumentar o apoio e os incentivos aos pequenos proprietários e agricultores, melhorar a rastreabilidade dos fornecedores indiretos e aprimorar o rastreamento das emissões no escopo 3.
Uma comitiva da Marfrig -- formada por Marcos Molina, fundador e presidente do Conselho de Administração; Roberto Waack, presidente do Comitê de Sustentabilidade e membro do Conselho de Administração; Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa; Marcelo Furtado, ex-diretor executivo do Greenpeace Brasil e membro Comitê de Sustentabilidade, e Marcella Santos, membro do Comitê de Sustentabilidade -- está em Glasgow para acompanhar os eventos e as discussões promovidas pela COP-26.
Investimentos e metas
Em 2009, a Marfrig assumiu o compromisso público de combate ao desmatamento e, desde então, seu programa de sustentabilidade tem evoluído constantemente.
Em meados do ano passado, lançou o programa Marfrig Verde+, que busca tornar a sua cadeia produtiva mais sustentável e livre de desmatamento até 2030, incluindo todos os biomas nos quais a empresa atua -- em especial, Amazônia e Cerrado. Desenvolvido em parceria com a IDH - Iniciativa para o Comércio Sustentável, o projeto é baseado no princípio de produção-conservação-inclusão, e se apoia em três pilares: desenvolvimento de mecanismos financeiros, assistência técnica e adoção de tecnologias de monitoramento e rastreabilidade. O investimento do programa é de 500 milhões de reais até 2030.
“A sustentabilidade é um dos pilares fundamentais da Marfrig. Nossa estratégia está completamente ligada aos temas discutidos na COP-26, como o combate ao desmatamento e a redução das emissões de gases de efeito estufa. É por isso que estamos aqui: para mostrar que é isso possível e já vem sendo feito”, diz Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade e comunicação corporativa da Marfrig.
Em 2020, a empresa submeteu suas metas de redução de gases do efeito estufa à Science Based Target, iniciativa internacional formada pelo CDP (Carbon Disclosure Project), pelo Pacto Global das Nações Unidas, pelo WRI (World Resources Institute) e pela WWF (World Wide Fund for Nature).
Nos escopos 1 e 2, a meta é reduzir as emissões absolutas (tCO2e) em 68%, tendo 2019 como ano base. No escopo 3, que inclui as emissões de gás metano, a companhia se comprometeu a cortar a intensidade das emissões (tCO2e/cabeça) em 35% até 2035. A Marfrig também se comprometeu a aumentar a fonte anual de eletricidade renovável de 27%, em 2019, para 100% até 2030.
Pecuária de baixo carbono no Brasil
Uma das iniciativas apresentadas pela Marfrig durante a COP-26 é a pecuária de baixo carbono. Lançada no ano passado, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a linha de carnes Viva é produzida com a neutralização de GEEs. Todos os produtos se originam em fazendas certificadas, que criam gado em sistemas de integração do tipo silvipastoril (pecuária-floresta) ou agrossilvipastoril (lavoura-pecuária-floresta, ILPF).
Em 2022 será lançada uma extensão de portfólio com produtos Carne Baixo Carbono (CBC), já em desenvolvimento. Até agora, o programa envolveu investimento de cerca de 10 milhões de reais em pesquisa, certificação de propriedades, construção da marca, desenvolvimento dos padrões de corte, divulgação e pagamento de royalties.