USDA: primeiras tendências brasileiras para as carnes bovina e suína em 2021

Publicado em 28/08/2020 08:28

Aguardam-se os dados da carne de frango, pois, por ora, as primeiras projeções para 2021 divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) relativas ao Brasil estão restritas às carnes bovina e suína.

No tocante à carne bovina elas sugerem que após ligeiro recuo em 2020, a produção deve aumentar no ano que vem, superando os 10,5 milhões de toneladas.

As exportações, porém, têm crescimento contínuo. Aumento de quase 7% em 2020 e de perto de 8% em 2021m, perfazendo um incremento de mais de 15% no biênio 2020/2021.

E como a produção não segue no mesmo ritmo, a disponibilidade interna do produto cai 3,2% em 2020 e volta a crescer 2,7% no ano que vem, mas sem ainda atingir os níveis de 2019.

A produção de carne suína segue em crescimento contínuo. O previsto para 2021 é um volume em torno dos 4,285 milhões de toneladas, perto de 8% a mais que o apontado para 2019.

Melhor ainda serão as exportações. Sinalizam aumento de cerca de 22% em 2020 e de outros 6% em 2021, com o que o volume adicional exportado no biênio terá acréscimo próximo de 30%

Já a disponibilidade interna de carne suína decresce em torno de 2% em 2020, mas tende a aumentar 4%, com que mantém, no biênio, expansão ligeiramente superior à do crescimento vegetativo da população (0,77% ao ano, segundo o IBGE).

Por falar em IBGE: como ontem o órgão de estatísticas divulgou novas estimativas para a população brasileira, as projeções do USDA ensejam projetar o consumo per capita das duas carnes no triênio 2019/2021.

De acordo com o IBGE, em 1º de julho de 2020 a população brasileira andava perto de 211,756 milhões de habitantes, resultado que indicou crescimento vegetativo de 0,77% no ano. Nas projeções abaixo, estimou-se o mesmo nível de crescimento para a população de 2021.

As projeções obtidas a partir desses indicadores sugerem, por exemplo, que no ano que vem a disponibilidade per capita das carnes bovina e suína ficará próxima, respectivamente, dos 37 kg e dos 15 kg, volumes que, no biênio, significam redução de mais de 2% para a carne bovina e aumento de menos de meio por cento para a carne suína.

E quanto à carne de frango? Por ora, a única referência do USDA ao produto da avicultura está restrita à sua participação no consumo das três carnes. E a observação a respeito (dados preliminares para 2020) é a de que a carne de frango representa 45% do consumo total, a bovina 40% e a suína 15%. Isso aceito, o consumo per capita de 2021 deve situar-se entre 41,5 kg e 44,6 kg de carne de frango.

Tags:

Fonte: AviSite

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Abertura de mercado no Chile para vísceras comestíveis
Cargill suspende produção em unidade de carne no Kansas após desabamento parcial do telhado
Setor de proteína animal se pronuncia sobre a respeito da Medida Provisória do PIS/Cofins
IBGE: Abate de bovinos atinge recorde na série histórica; frangos e suínos têm queda
JBS diz que China bloqueou carne bovina de fábrica nos EUA após detecção de aditivo